Começa nesta segunda-feira (5) o primeiro processo de revitalização do Paço dos Açorianos, também conhecido como Paço Municipal, que abrigou a sede da Intendência e da Prefeitura de Porto Alegre. O prédio centenário no coração do Centro Histórico da Capital gaúcha vai ser transformado no Museu de Arte após a transferência do Poder Executivo para o prédio que já foi sede da Habitasul, na Travessa General João Manoel, 157.
A primeira fase prevê a colocação de andaimes ao redor da área de 2,7 mil metros quadrados do prédio. Depois, as paredes externas passarão por uma lavagem. Na sequência, será feita a restauração dos rebocos da fachada e, por fim, ocorre a pintura do Paço Municipal.
O projeto da Prefeitura é retomar a cor original, que foi chamada pelo jornal “A Federação”, de 17 de julho de 1900, “de côr de lyrio escuro sobre fundo branco”. O nome do tom mudou e hoje se chama “amarelo ocre”. As pilastras, rejuntes entre tijolos e outros detalhes receberão a cor branca. As janelas, que são de madeira, receberão a cor verde acetinado.
A empresa Costamar, que venceu a licitação para executar o serviço, prevê o uso de 1.050 litros de tinta. O material de pintura foi doado à prefeitura pelas Tintas Renner.
História do Paço Municipal
O edifício do Paço Municipal foi construído entre 1898 e 1901 para ser a sede da Intendência de Porto Alegre. Até então, a administração da Capital gaúcha não possuía sede própria, funcionando em prédios alugados no centro da cidade.
É onde se localiza o marco zero da cidade. Simboliza uma das maiores referências da cidade, ficando ao lado do Mercado Público de Porto Alegre. O prédio histórico foi tombado pela Lei municipal n° 4666/1979.
O edifício é carregado de elementos simbólicos tais como esculturas, uma que representa a Democracia e outra a Justiça. Na fachada da torre existem dois bustos, um em homenagem a José Bonifácio e o da direita é do Marechal Deodoro da Fonseca. No centro encontra-se o Brasão da República.
Em 1984, foram realizados trabalhos na fachada do prédio, recuperados seus rebocos, pintadas as alvenarias, esquadrias e elementos decorativos. Uma restauração foi planejada em 1994 e executada a partir de 2000, com a recuperação de sua cor original, em tons de ocre e branco.