Com os recentes maus resultados e a possível não classificação para a Libertadores do ano que vem, já começaram as especulações sobre o futuro do comando técnico do Inter para a próxima temporada. O atual técnico, o uruguaio Diego Aguirre, além de não estar correspondendo, é ventilado como possível treinador da seleção uruguaia com a saída de Óscar Tabárez, que comandou a Celeste por 15 anos.
Com isso, a torcida colorada tem debatido nas redes acerca de um possível novo nome para a vaga de treinador do Colorado. Os mais citados, em primeiro lugar, são: Eduardo Coudet e Abel Braga. Os dois refletem uma certa rivalidade surgida dentro da própria torcida do Inter a respeito do modelo de jogo esperado para a equipe.
Coudet chegou no início de 2020 com a promessa de tirar o Inter do modelo mais reativo utilizado por Odair Hellmann. Nos meses em que ficou, teve bons momentos, conseguiu implementar um estilo de marcação agressiva e de grande volume de jogo, saindo do Inter com o clube na liderança do Brasileiro. Seus pontos negativos foram maus resultados contra equipes como Goiás e Coritiba, mas sobretudo pesou o fato de não vencer Gre-Nais. Saiu após reclamar publicamente da falta de jogadores no elenco, dizendo o termo que ficou na cabeça de todos, de que o grupo era “curto”.
Abel Braga veio na sequência e pegou um grupo vivo nas competições, mas um pouco desacreditado. Chegou em meio a confrontos da Copa do Brasil e Libertadores, e foi eliminado em ambas. Mas, depois, com um modelo diferente, mais reativo, conseguiu engrenar uma inédita sequência de vitórias no Brasileiro, o que levou o Inter ao vice-campeonato da competição. Ficaram na cabeça do torcedor os fatos do time ter perdido em casa para o Sport e, mais tarde, não ter saído do 0 a 0 com o Corinthians na última rodada, oportunidade em que o Inter reclama até hoje um pênalti, mas também onde não conseguiu criar as chances necessárias para vencer a partida. Abel acabou saindo porque a nova direção do Inter apostava em um novo modelo de jogo, pautado em um futebol mais ofensivo. Hoje, se sabe que fracassou.
Mas, além desses técnicos, outros surgem nas manifestações da torcida como preferências. Casos do atual técnico do Fortaleza, o argentino Juan Pablo Vojvoda e do treinador do Bragantino, Maurício Barbieri. Ambos comandaram neste Brasileiro times de menor expressão, mas souberam dar um excelente rendimento diante das expectativas que se tinha sobre seus trabalhos. Quem sabe não seja por aí, com um nome que agrade a gregos e troianos, que o Inter reencontre o caminho das vitórias e, o principal, dos grandes títulos que sua grandeza demanda.