O Brasil será representado por um projeto gaúcho, do IFRS (Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Sul) – Campus Osório, na grande final do Prêmio Jovem da Água de Estocolmo, na Suécia.
O vencedor da etapa nacional da premiação é o trabalho de pesquisa “Biogrape: Inovação para o Tratamento de Efluentes Têxteis a partir de Celulose Bacteriana do Vinho”, da estudante de ensino médio Amanda Ribeiro Machado, com orientação da professora Flávia Twardowski.
O trabalho foi um dos cinco finalistas nacionais, que passaram por uma série de avaliações até a escolha do primeiro colocado. O anúncio do vencedor ocorreu durante o 32º Congresso Brasileiro de Engenharia Sanitária e Ambiental da Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambienta, em Belo Horizonte, Minas Gerais.
Agora, o trabalho competirá na etapa internacional com projetos de jovens entre 15 e 20 anos de idade de aproximadamente 40 países. Este é o segundo ano consecutivo que um trabalho do IFRS-Campus Osório representa o Brasil no Jovem da Água de Estocolmo.
Sobre o projeto
No projeto “Biogrape: Inovação para o Tratamento de Efluentes Têxteis a partir de Celulose Bacteriana do Vinho”, Amanda pesquisou um material alternativo e ambientalmente sustentável para remover da água corantes utilizados pelas indústrias têxteis.
Ela submeteu resíduos da produção de vinho a um processo de fermentação e com isso conseguiu desenvolver uma celulose bacteriana que foi capaz de fazer a remoção de materiais contaminantes da água. Assim, aproveitou resíduos gerados pela produção de vinhos e forneceu uma alternativa ecológica ao tratamento de efluentes das indústrias têxteis.
A estudante, que tem 18 anos e cursa o Técnico em Administração integrado ao ensino médio no Campus Osório, destaca o quanto a pesquisa e a premiação abrem novas perspectivas de futuro.
“Foi uma emoção gigantesca ouvir o nome do projeto sendo anunciado como vencedor. Tenho enormes expectativas com essa oportunidade. Iremos conhecer outro país, outra cultura, jovens de diferentes lugares e com o mesmo propósito: fazer um mundo melhor. O projeto mudou a minha vida, assim como, tenho certeza, de que essa oportunidade irá mudar para sempre”, declarou.
Para ela, ao valorizar o protagonismo e acreditar no potencial da pesquisa jovem, desde o ensino médio, o prêmio incentiva os estudantes a continuarem contribuindo com a pesquisa brasileira.
“A lição mais importante que esse projeto me trouxe foi saber onde é o meu lugar no mundo, saber que esse lugar é onde eu quiser, é o lugar que eu posso conquistar a partir do trabalho que eu fizer”, ressaltou.
Conquista
Em 2022, a pesquisa que representou o Brasil na etapa internacional foi a “SustainPads: Absorventes sustentáveis e acessíveis a partir de subprodutos industriais”, também do Campus Osório.
O trabalho é de Laura Drebes e Camily Pereira. Na Suécia, elas conquistaram o Prêmio de Excelência.