O prefeito de Porto Alegre, Sebastião Melo, apresentou o modelo escolhido para demolir os 19 andares do Edifício Galeria XV de Novembro, conhecido como Esqueletão. A apresentação ocorreu em coletiva nesta quarta-feira (2), no Paço Municipal.
Conforme a administração, será feita uma operação mista, combinando demolição convencional em parte da estrutura, em nove andares por meio de processos manuais e mecânicos; e implosão na área remanescente. A operação também exigirá gerenciamento dos resíduos resultantes da demolição.
A implosão total da estrutura foi descartada. Isso porque o Esqueletão se encontra encravado em meio a outros prédios da região.
“Vamos fazer uma demolição segura, resolvendo um problema histórico da cidade. Era nosso compromisso avançar nessa solução essencial para o processo de revitalização”, disse Melo.
O custo estimado é de R$ 3,9 milhões, com prazo de execução de 120 dias.
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Histórico
O Edifício Galeria XV de Novembro começou a ser construído em 1956. No entanto, a empresa responsável pela obra entrou em falência em 1959 e a construção nunca foi retomada.
Após vai e vens jurídicos sobre sua utilização ao longo das décadas, o prédio, localizado na rua Marechal Floriano Peixoto, esquina com a Otávio Rocha, no Centro de Porto Alegre, foi desocupado em 26 de setembro de 2021.
Até então, quatro dos 19 andares eram ocupados por moradores, além do térreo, onde havia comerciantes. E, em agosto de 2022, a prefeitura de Porto Alegre pediu ao Judiciário autorização para demolir o edifício.
“Era preciso segurança jurídica, e isso foi obtido através da interlocução qualificada da Procuradoria-Geral do Município junto ao Poder Judiciário e ao Ministério Público”, disse hoje o secretário de Planejamento e Assuntos Estratégicos, Cezar Schirmer.
Agora, a intenção da Prefeitura é fazer do local um vetor de desenvolvimento da cidade. Além disso, para o Paço municipal, a demolição do Esqueletão representará um avanço na revitalização do Centro Histórico.
