Economia

Preços caem 0,08% no Brasil em junho, aponta IBGE

Com o novo resultado, a alta acumulada pelo IPCA nos últimos 12 meses atingiu 3,16%, ante a 3,94%. 

Porto Alegre, RS | 11/09/2018 | Hortomercado do Terminal Parobé, no Centro de Porto Alegre.
Crédito: Maia Rubim / Arquivo PMPA

O Brasil registrou deflação (queda de preços) de -0,08% no mês de junho, segundo dados do IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo). O dado foi divulgado na manhã desta terça-feira (11), pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Com o novo resultado, a alta acumulada pelo IPCA nos últimos 12 meses atingiu 3,16%, ante a 3,94%.

Os preços avaliados na região metropolitana de Porto Alegre se mantiveram praticamente estáveis, com variação de -0,02%. A inflação acumulada em 12 meses está em 2,58%. No ano, o percentual é de 2,81%.

O resultado de junho foi influenciado principalmente pelas quedas em Alimentação e bebidas (-0,66%) e Transportes (-0,41%). Os maiores recuos, respectivamente, foram para alimentação no domicílio, puxada pela queda do preço no óleo de soja (-8,96%), das frutas (-3,38%), do leite longa vida (-2,68%) e das carnes (-2,10%); e a redução dos preços dos automóveis novos, usados e queda no preço dos combustíveis, com destaque para retrações do óleo diesel (-6,68%), do etanol (-5,11%), do gás veicular (-2,77%) e da gasolina (-1,14%).

O fenômeno foi registrado, em parte, da mesma maneira na região metropolitana de Porto Alegre. Os preços no segmento Alimentação e bebidas caíram -0,54%, puxados por Hortaliças e verduras, que ficaram -11,83% mais em conta, seguidos de Óleos e gorduras (-6,08%), frutas (-5,91%) e Tubérculos, raízes e legumes (-3,56%). Os itens que mais subiram foram Sal e condimentos (+1,43%) e Alimentação fora do domicílio (+1,15%). No segmento de Transportes, não houve redução: preço dos veículos próprios variou -0,02%, os combustíveis tiveram alta de +0,21% e o transporte público +1,12%.

A nível nacional, os Artigos de residência (-0,42%) e Comunicação (-0,14%) também registraram recuo nos preços no IPCA de junho. No lado das altas, o maior impacto e a maior variação (0,69%) no índice do mês vieram de Habitação. Os demais grupos ficaram entre o 0,06% de Educação e o 0,36% de Despesas pessoais.

No âmbito regional, Artigos de residência tiveram queda mais expressiva (-1,18%), com destaque para queda nos preços dos itens de Cama, mesa e banho (-3,16%). Em Comunicação, a variação foi de +0,06% na região metropolitana de Porto Alegre. No segmento de Habitação, houve queda de -0,19% nos preços gerais impulsionada pela queda no preço do item Combustíveis domésticos (-2,16%).

Para o cálculo do índice do mês, foram comparados os preços coletados entre 30 de maio e 28 de junho de 2023 (referência) com os preços vigentes entre 29 de abril e 29 de maio de 2023 (base). O IPCA é calculado pelo IBGE desde 1980, se refere às famílias com rendimento monetário de 01 a 40 salários-mínimos, qualquer que seja a fonte, e abrange dez regiões metropolitanas do país, além dos municípios de Goiânia, Campo Grande, Rio Branco, São Luís, Aracaju e de Brasília.