Porto Alegre é a capital com o maior percentual de pessoas que passaram a trabalhar mais dias na empresa, ou seja, em regime presencial, com o fim da pandemia. É o que mostra uma pesquisa exclusiva encomendada pelo QuintoAndar, plataforma de moradia latino-americana, e pelo Imovelweb, portal de classificados brasileiro.
A pesquisa se deu de 31 de agosto a 18 de setembro através de um questionário online criado Offerwise. Foram entrevistados 1.914 brasileiros, com 18 anos ou mais, de todas as classes sociais, nas 27 capitais do Brasil. Em Porto Alegre, 200 pessoas foram ouvidas.
O resultado apontou que 56% dos entrevistados dizem que passaram a trabalhar mais dias no escritório com o término da pandemia de Covid. Em Porto Alegre, são 40% os trabalhadores que atuam de modo exclusivamente presencial. Outros 25% trabalham apenas em home office e 36% estão atualmente no modelo híbrido.
“Apesar de parte da população de Porto Alegre ter passado a trabalhar mais dias fora de casa, ainda é grande o contingente de pessoas em home office ou no esquema híbrido. A casa passou a ser um lugar não apenas de moradia, mas também um local de trabalho para muitas pessoas com o decorrer da crise sanitária. E continua sendo”, afirma Thiago Reis, gerente de Dados do QuintoAndar.
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Mudança na rotina
De acordo com a pesquisa, 43% dos trabalhadores totalmente remotos ou híbridos afirmam que procurariam outro emprego caso fossem obrigados a trabalhar exclusivamente no regime presencial em Porto Alegre.
Ao mesmo tempo, contudo, é em Porto Alegre que encontra o menor número de pessoas que viram a necessidade de uma mudança drástica para retomar o presencial – foram 35% que apontaram esta questão na Capital gaúcha. A pesquisa atribui esse dado ao tempo médio de deslocamento de casa até o trabalho (41 minutos), um dos menores entre as capitais pesquisadas.
Além disso, Porto Alegre tem o menor percentual de pessoas que dizem que o trabalho teve “alta influência” na escolha da moradia: 28%. Em Curitiba, por exemplo, esse percentual chega a 37%.
