A SMS (Secretaria Municipal de Saúde) divulgou, nesta segunda-feira (27), o número de casos de dengue registrados em Porto Alegre neste ano. A Capital gaúcha tem infestação do mosquito Aedes Aegypti em vários bairros, o que pode levar a um aumento no número de casos.
Foram confirmados nove casos importados, ou seja quando a infecção acontece em outro município. O décimo caso é autóctone, quando a infecção é contraída na própria cidade. Ao todo, o município já tem 139 notificações de suspeita da doença.
Dos nove casos importados, três são de pacientes que têm histórico de viagem para Encantado, no interior do Estado. O município de Encantado, de acordo dados do sistema de monitoramento da dengue da Secretaria Estadual da Saúde, o BI da dengue, registra o maior número de casos da doença neste ano. São 205 notificações, com 193 casos confirmados.
Os viajantes devem ter precauções em áreas com transmissão da dengue. Quem viajar para áreas com a doença, deve adotar medidas de proteção individual, como utilização de repelente e uso de roupas que protejam as áreas mais expostas do corpo.
Aedes em Porto Alegre
De acordo com o sistema de monitoramento do Aedes aegypti, realizado pela prefeitura através da vistoria de armadilhas instaladas em 46 bairros da cidade, 16 bairros apresentam alta infestação do vetor, 14 apresentam situação de alerta, dez estão com infestação moderada e seis apresentam infestação baixa. Os dados se referem aos dias 19/2 e 25/2.
Nos bairros com alto índice de infestação, estão Cidade Baixa, Costa e Silva, Higienópolis, Mário Quintana, Menino Deus, Passo da Areia, Rubem Berta, Santana, Santo Antônio, Sarandi, Três Figueiras, Vila Ipiranga, São Sebastião, Santa Rosa de Lima, Mont Serrat e Bela Vista.
Com situação de alerta estão Azenha, Boa Vista, Chácara das Pedras, Jardim Itu, Jardim Leopoldina, Medianeira, Nonoai, Partenon, Petrópolis, Santa Tereza, Vila Jardim, Camaquã, Jardim Lindóia e Jardim Europa.
No nível moderado: Bom Jesus, Cavalhada, Glória, Jardim Carvalho, Parque Santa Fé, Teresópolis, Vila João Pessoa, Vila Nova, Auxiliadora e Tristeza. E, por fim, os que têm infestação baixa: Aparício Borges, Jardim Botânico, Jardim do Salso, Jardim Sabará, Passo das Pedras e Vila São José.
População precisa redobrar cuidados
A SMS alerta que é importante que neste período de retorno às atividades escolares, de trabalho e estudo pós-férias que as pessoas que tiverem sintomas compatíveis com a dengue. Quem sentir dor no corpo, dor atrás dos olhos, febre, dor de cabeça, tiver náuseas e vômitos deve procurar atendimento.
Em caso de viagem para regiões com confirmação de casos e transmissão viral, deve ser informado o trajeto realizado e tempo de início de sintomas. Todas as suspeitas de dengue vão ser notificadas à Vigilância Epidemiológica municipal pelos serviços de saúde, no momento do atendimento ao paciente.
“As notificações desencadeiam medidas institucionais, sejam epidemiológicas, sejam ambientais, como medidas de combate ao vetor e eliminação de criadouros”, afirma o diretor da Vigilância em Saúde, Fernando Ritter.
Para uma pessoa ficar doente é preciso que ela seja infectada com um dos vírus da dengue e a transmissão do vírus ocorre exclusivamente pela picada de uma fêmea do Aedes aegypti infectada.
“Por isso, é importante a notificação de suspeitas mesmo dos casos importados. Nossa preocupação é que os viajantes retornem a Porto Alegre infectados e sejam picados pelos mosquitos vetores, cuja população está muito alta, contaminando-os. E, a partir deste momento, inicie a transmissão viral na cidade e aumente exponencialmente o número de casos devido à suscetibilidade das pessoas”, explica Ritter.