A partir desta terça-feira (23), Porto Alegre e municípios da região metropolitana adotam as regras da bandeira vermelha do Sistema Estadual de Distanciamento Controlado. A medida ocorre após o governo classificar a região em bandeira preta. No entanto, como a gestão compartilhada das ações contra a Covid-19 não foi suspensa, os municípios podem adotar regras mais brandas, um patamar anterior à classificação estadual.
“Manter a cogestão é dividir a responsabilidade com todos os prefeitos do Estado. Continuaremos sendo muito parceiros do governador, como temos sido desde o início da nossa gestão”, afirma Melo. O prefeito também destaca que a prefeitura seguirá combatendo as aglomerações.
O secretário extraordinário de Enfrentamento da Covid-19, Renato Ramalho, lembra que a prefeitura flexibilizou as atividades econômicas, mas endureceu os protocolos sanitários e a fiscalização. “A colaboração dos porto-alegrenses no cumprimento às regras de higienização, distanciamento interpessoal, uso máscaras e combate a aglomerações é essencial para manter a economia ativa. Trabalhamos para harmonizar a saúde com a preservação das atividades econômicas, do emprego e da renda”, completa.
Além de Porto Alegre, outros municípios da região metropolitana passam a usar o protocolo da bandeira vermelha. É o caso de Canoas, Esteio, Cachoeirinha, Gravataí, e Sapucaia do Sul, por exemplo.
São Leopoldo é exceção e adota regras da bandeira preta
O município de São Leopoldo é um dos poucos do entorno da Capital a adotar as regras da bandeira preta. A a intenção é diminuir a circulação de pessoas na cidade para evitar o contágio pelo vírus.
Ontem (22), a Área Covid do Hospital Centenário chegou a 100% da sua capacidade na UTI, com 18 pacientes internados. Deste total, 16 estão fazendo uso de respiradores. Nos leitos clínicos, com capacidade para 23 pacientes, 18 estão ocupados, 80% da capacidade.
O prefeito Ary Vanazzi apresentou ao Comitê Municipal de Atenção ao Coronavírus uma proposta de “lockdown”, que foi rejeitada. Segundo ele, o quadro se agravou na região nos últimos dias e o começo da vacinação deu a impressão de que as coisas “estavam normais”.