Um estudo, iniciado em março de 2022, constatou que Porto Alegre tem 142 áreas de habitação com algum tipo de risco. O mapeamento foi realizado em parceira pela prefeitura da Capital com o Serviço Geológico do Brasil, vinculado ao Ministério de Minas e Energia, e entregue ao prefeito Sebastião Melo nesta segunda-feira (3).
A estimativa é que, ao todo, 20.884 famílias vivam nesses locais. Além disso, das 17 regiões do Orçamento Participativo, 15 possuem algum tipo de risco, de acordo com o estudo: Partenon (27), Glória (21), Leste (19), Sul (15), Ilhas (14), Norte (14), Centro-Sul (7), Restinga (7), Eixo-Baltazar (4), Nordeste (4), Extremo-Sul (3), Humaitá/Navegantes (2), Cruzeiro (2), Cristal (2) e Centro (1).
O levantamento engloba as seguintes tipologias de risco: alagamentos, corrida de detritos, corrida de massa, deslizamento, deslizamento em cunha, deslizamento não específico, deslizamento planar, enxurrada, erosão de margem fluvial, erosão laminar, inundação, queda de blocos, queda de lascas e ravina.
Os graus de risco são divididos entre alto e muito alto. Em 2013, foram levantadas 109 áreas de alto risco e dez de muito alto risco. Neste ano, de acordo com o novo relatório, as áreas de alto risco são 91 e de muito alto risco 51.
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O estudo não era atualizado desde 2013. Nesta época, ele apontou a existência de 119 localidades em risco na capital gaúcha.
Medidas
Segundo a prefeitura de Porto Alegre, foi criado um grupo de trabalho, formado por diversas pastas da administração, com a finalidade de discutir e propor estratégias e ações de enfrentamento às áreas de risco de Porto Alegre. Nas reuniões foram levantados os seguintes planos emergenciais: plano de prevenção, de mitigação, de remoção e de resposta.
“Nós estamos buscando caminho, das mais diferentes formas, para conseguir avançar nesse tema. Seja com fontes de financiamento e, também, em diálogo constante com os governos federal e estadual,” ressaltou o secretário de Habitação e Regularização Fundiária, diretor-geral do Demhab, André Machado, que teve a iniciativa da formulação do novo relatório.
De sua parte, o prefeito de Porto Alegre, Sebastião Melo, destacou o papel da prefeitura no processo. “Precisamos assumir um compromisso conjunto com o governo federal e os governos estaduais. Sozinhos, os municípios não conseguem enfrentar este tema tão sensível. É um problema grave das cidades que devemos enfrentar juntos”, concluiu.
