A Polícia Civil investiga crimes de exploração sexual infantojuvenil no Litoral Norte do Rio Grande do Sul. A ação, coordenada pela 1ª DPCA (1ª Delegacia de Polícia da Criança e do Adolescente) de Porto Alegre, cumpriu mandados de busca e apreensão em três locais em Imbé na manhã desta terça-feira (4).
Na investida desta terça-feira, que é a quarta fase da Operação La Lumière, tem como objetivo foi buscar mais elementos para as investigações na residência de facilitadoras dos crimes cometidos pelo investigado. Nove policiais civis e seis peritos do IGP da área de informática participaram da ação. Houve o apoio de equipes da Delegacia de Imbé e da Delegacia de Tramandaí.
O investigado é um homem que submeteu menores a crimes de exploração sexual, prostituição, estupro e derivados do crime de pornografia infantil. As três crianças, com 8, 10 e 12 anos, todas irmãs, sofriam abusos com anuência da mãe das menores, com quem acertava valores em dinheiro para cometer os abusos. Ambos estão presos preventivamente.
Segundo a Polícia Civil, já haviam sido apreendidos diversos instrumentos sexuais e medicamentos calmantes de venda controlada, que seriam usados para dopar as meninas. Os policiais conseguiram encontrar equipamentos eletrônicos com histórico de conversas entre o homem e a mulher. Nos chats, foram encontradas negociações de encontros, combinação de valores e os comprovantes pelos pagamentos pelos abusos sexuais.
Em 17 de maio, houve a segunda fase da operação. Policiais realizaram buscas nas residências de duas genitoras, que foram presas preventivamente.
Uma delas, de 26 anos, residente em Cachoeirinha, é estudante da faculdade de medicina veterinária e “digital influencer”. A filha, de 6 anos de idade também era vítima de abusos. Já a segunda, de 23 anos, residente de Alvorada, é aluna do curso técnico de enfermagem, genitora de duas meninas, ambas vítimas de abusos: uma de 1 ano e outra de 3 anos e meio.
A terceira fase da operação foi realizada no final do mês de maio, em locais de cumprimento da prisão preventiva e mandado de busca e apreensão, em Porto Alegre, no bairro Santana. Os policiais realizaram buscas nas residências de uma genitora, de 25 anos, com filha, vítima, de 3 anos de idade.
A partir da extração de conversas, os policiais identificaram que a acusada contava com apoio e suporte de sua mãe para o cometimento dos crimes. A criança foi encaminhada para perícia psíquica e verificação de violência sexual no CRAI-IGP por equipes do Conselho Tutelar. A investigada está presa preventivamente.
