CLONAGEM DE VEÍCULOS

Polícia Civil prende membros de quadrilha que clonava veículos de locadoras para revender

A ação visava desmantelar uma quadrilha especializada em cooptar laranjas que tinham a função de alugar veículos em locadoras gaúchas para a clonagem

Treze pessoas foram presas, na manhã desta quinta-feira (10), em uma operação da Polícia Civil deflagrada no Rio Grande do Sul. Chamada de “Operação Camaleão”, a ação visava desmantelar uma quadrilha especializada em cooptar laranjas que tinham a função de alugar veículos em locadoras gaúchas para a clonagem de placas, vidros, chassi e motor.

Segundo as investigações, depois de clonados, os veículos eram repassados a outras quadrilhas. Estas atuavam com delitos patrimoniais, como roubos a estabelecimentos comerciais.

Conforme as investigações, a primeira ocorrência da quadrilha que se tem registro é de março desse ano, quando um dos suspeitos foi preso em flagrante na posse de dois veículos clonados. Ambos os veículos em alerta de ocorrências de roubo/furto e que estavam escondidos em uma residência em Tramandaí.

Depois, os crimes tiveram sequência. E os valores envolvidos no esquema eram altos. Para se ter uma ideia, além das detenções, Polícia Civil apreendeu 8 veículos avaliados em mais de R$ 1,5 milhão. Além disso, um dos principais alvos da operação, preso preventivamente nesta quinta-feira, foi localizado numa residência avaliada em cerca de R$ 2,5 milhões, num condomínio de luxo, na cidade de Capão da Canoa.

Com o detido, foi encontrado também e apreendido um veículo importado de, aproximadamente, R$ 400 mil. Outro alvo preso preventivamente, na manhã desta quinta-feira, também foi localizado em um condomínio luxuoso, na cidade de Gravataí. Na casa em que estava, de aproximadamente R$ 2 milhões, foi apreendido um veículo de R$ 160 mil.

A investida também teve ações em Porto Alegre, Xangri-lá, Tramandaí, Sapucaia do Sul, Lajeado e São Leopoldo. Ela apura crimes de associação criminosa armada, roubos e furtos de veículos, apropriações indébitas, estelionatos, receptações de carros roubados, adulteração de sinais identificadores, porte ilegal de armas de fogo, falsificação de documentos públicos e uso de documentos falsos.

Outros casos

No decorrer das investigações, os policiais civis identificaram que a quadrilha instigava pessoas a roubarem ou furtarem veículos na Capital. E pelo menos um desses carros, um Fiat Argo, foi transportado para o Uruguai após ter sido clonado.

Em outro caso, uma camioneta Jeep Compass, ano 2020, após ter sido roubada e clonada, foi colocada à venda em uma plataforma digital por R$ 179 mil. Entretanto, alguns usuários desconfiaram do anúncio e telefonaram para o proprietário do veículo original, que afirmou jamais ter colocado seu veículo à venda em qualquer site.