COLUNA

Poesia | o vaso

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Em um nada absoluto
Alguém risca um fósforo
E acende-se uma falta
Em uma chama de argila
Brilhosa de fora, mas
Ainda oca, vazia
Por anos fomos o casal
Do Ghost, ambos fantasmas
Esculpindo o vaso
Aumentando o espaço
De dentro, cuidando a chama
Do hálito do vento
Nos certificamos
Que não houvesse ar
Que não houvesse terra
Conseguimos, voltamos
Ao nada absoluto