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Ação investiga fraude e desvio de dinheiro no Ceará; mandado é cumprido em Pelotas

Operação investiga crimes de corrupção, desvio de recursos públicos e fraude em hospital de campanha montado para o tratamento de pacientes com a covid-19.

A Polícia Federal, em conjunto com a CGU (Controladoria-Geral da União), deflagrou nesta terça-feira (3) a Operação Cartão Vermelho, para apurar crimes de corrupção, malversação e desvio de recursos públicos federais e fraude em procedimento de dispensa de licitação, no Hospital de Campanha montado no Estádio Presidente Vargas, em Fortaleza, para o tratamento de pacientes com a  covid-19.

Foram cumpridos 27 mandados de busca e apreensão, em domicílios de investigados, na capital cearense, em São Paulo e em Pelotas, no Rio Grande do Sul. O trabalho conta com a participação de 120 policiais federais e 22 servidores da CGU.

O prejuízo é de R$ 5 milhões aos cofres públicos. Entre os investigados estão funcionários públicos, empresários e outras pessoas envolvidas em um esquema de empresas de fachada.

Investigação

A PF apontou indícios de atuação criminosa de servidores públicos da Secretaria de Saúde de Fortaleza, gestores e integrantes da Comissão de Acompanhamento e Avaliação do contrato de gestão, dirigentes de organização social paulista contratada para gestão do hospital de campanha e empresários.

A investigação demonstrou indícios de fraude na escolha da empresa contratada em dispensa de licitação. Também que houve compra de equipamentos de empresa de fachada.

A PF ainda investiga má gestão e fiscalização da aplicação dos recursos públicos no hospital de campanha e sobrepreço nos equipamentos adquiridos, comparando-se com outras aquisições nacionais sob mesmas condições no contexto de crise pandemia.

A investigação policial aponta prejuízos aos cofres públicos superiores a R$ 7 milhões, tendo sido autorizado pela Justiça Federal o bloqueio desses valores em contas das pessoas jurídicas investigadas.