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PF desarticula quadrilha que movimentou R$ 230 milhões entre o RS e Uruguai

Batizada de Yallah, a operação cumpre 11 mandados de busca e apreensão. Os mandados foram cumpridos nas cidades de Santa Vitória do Palmar, Chuí e Uruguaiana.

A Polícia Federal deflagrou hoje (24) uma operação para desarticular uma associação criminosa estabelecida na fronteira Brasil-Uruguai. A quadrilha agia entre o Chuí, no Extremo Sul do Rio Grande do Sul e a cidade uruguaia de Chuy. O grupo era especializado na prática em evasão de divisas, operação de câmbio ilegal e lavagem de dinheiro.

Batizada de Yallah, a operação cumpre 11 mandados de busca e apreensão. Os mandados foram cumpridos nas cidades de Santa Vitória do Palmar (3), Chuí (7) e Uruguaiana (1). A quadrilha é suspeita de movimentar ilegalmente mais de R$ 230 milhões entre 2016 e 2018.

Cerca de 50 policiais participam da operação, que também cumpre ordens judiciais de bloqueio de ativos em contas bancárias de seis pessoas físicas e jurídicas. As ordens também determinam a indisponibilidade de nove veículos que superam R$ 1 milhão em valores de mercado. As medidas foram expedidas pela 11ª Vara Criminal da Justiça Federal de Porto Alegre.

“A investigação teve início com a notícia de movimentações financeiras suspeitas envolvendo membros da associação criminosa, que, entre 2016 e 2018, teriam movimentado mais de R$ 230 milhões entre diversas contas bancárias”, informou a PF.

De acordo com a polícia, as investigações apontam a existência de uma rede de pessoas físicas e jurídicas que receberiam em contas bancárias valores oriundos das mais diferentes regiões do Brasil. A associação criminosa é responsável por gerenciar uma rede de contas bancárias, muitas vinculadas a laranjas e a empresas de fachada. Todos os investigados são residentes ou sediados na fronteira entre o Brasil e o Uruguai.

“Após o aporte dos valores nas contas de controle dos membros da associação criminosa, o grupo operacionalizava o saque, o transporte e a entrega dos valores em casas de câmbio e em outras instituições financeiras do Uruguai”, disse a PF.