PIONEIRO

Pesquisadores da Ufrgs apresentam estudo inovador sobre a doença de Alzheimer

O estudo deverá ser desenvolvido com apoio da SES, tornando o Rio Grande do Sul pioneiro neste segmento no Brasil.

Alzheimer idoso atividade fisica
Foto: Banco de imagens/Canva

Um estudo inovador sobre a doença de Alzheimer será realizada no Rio Grande do Sul.

A secretária estadual da Saúde, Arita Bergmann, recebeu os pesquisadores da Ufrgs (Universidade Federal do Rio Grande do Sul) Eduardo Zimmer, do Departamento de Farmacologia, e Diogo de Souza, do Departamento de Bioquímica, nesta semana, quando foi apresentada a proposta de uma pesquisa inovadora sobre o diagnóstico precoce do Alzheimer.

O estudo deverá ser desenvolvido com apoio da SES (Secretaria Estadual da Saúde), tornando o Rio Grande do Sul pioneiro neste segmento no Brasil.

“Como a expectativa de vida da população gaúcha aumenta a cada ano, consideramos o atendimento em saúde do idoso uma prioridade nesta gestão”, afirmou a secretária Arita. Segundo ela, a SES deverá contribuir com o projeto por meio de equipamentos e insumos para a concretização da iniciativa.

“O estudo prevê a possibilidade de ampliarmos o acesso aos exames a partir de um equipamento de aceleração de partículas. Importante incentivarmos ações preventivas como esta que podem trazer mais qualidade de vida à população”, ressaltou o vice-governador Gabriel Souza.

Exame de sangue

De acordo com Zimmer, o trabalho consiste no desenvolvimento de um exame de sangue para conseguir identificar pessoas com risco de desenvolver doenças neurodegenerativas como o Alzheimer.

“Já é consenso da literatura médica e científica que essas doenças começam 20 a 30 anos antes dos sintomas. Então, se a gente consegue identificar a presença da patologia no cérebro, com exame de sangue antes dos sintomas, teremos uma grande janela por onde a gente pode tentar impedir que esses indivíduos desenvolvam os sintomas”, explicou.

Segundo ele, a partir de 2020, essa ideia começou a se intensificar no mundo inteiro. “A gente tem participado dessa revolução e, agora, vamos começar um estudo no estado, para identificarmos de maneira precoce os indivíduos que vão desenvolver essa doença”, afirmou.

Além dessa identificação individual, os pesquisadores também poderão obter dados sobre a quantidade de pessoas assintomáticas, mas já positivas para os marcadores que identificam que o cérebro pode estar comprometido.