Nos pênaltis, Grêmio supera Ypiranga e vai à final do Gauchão

Foi uma partida onde a adrenalina esteve em níveis altíssimos durante todo o tempo. O Ypiranga defendia sua vantagem de um gol conquistada no Colosso da Lagoa, em Erechim. Já o Grêmio, repleto de desfalques, contava com a força da Arena na tarde deste sábado (25) para empurrar o adversário para a defesa e conseguir a virada e ir à final do Campeonato Gaúcho.

E no início estava bem difícil. O tricolor gaúcho tinha pouco poder de articulação, com Galdino, Vina, Ferreira e Suárez na frente, e Thaciano e Bitello chegando de trás. Para piorar, aos 18, Ferreira sentiu lesão e teve de ser substituído. Renato promoveu a entrada do garoto Zinho.

As ofensivas do Grêmio se baseavam mais na vontade do que na qualidade. Até surgiam chutes para a equipe da Capital, mas nenhuma verdadeiramente boa. Quem aparecia para o jogo, na verdade, era o goleiro Caíque, da equipe do interior, com uma intervenção que outra.

O Ypiranga, por sua vez, não se arriscava muito ao ataque. Porém, quando tinha a bola, mostrava estar focado na decisão e ter boa coletividade, com boa qualidade na troca de passes. Mas faltava o ímpeto mais agudo da partida de Erechim.

O primeiro tempo acabou sem gols, mas com um clima extremamente tenso, porque a partida foi disputada palmo a palmo do campo. Na arquibancada, os gremistas estavam visivelmente apreensivos.

Segundo tempo

Renato voltou do intervalo com Thiago Santos no lugar de Galdino, com a intenção de dar ao meio a articulação e a sustentação que faltaram na etapa inicial. Parte da torcida, como de costume, não recebeu bem a troca pois, como se sabe, o volante vem sendo alvo de críticas por más atuações.

Na prática, o jogo seguiu com uma tônica semelhante a da primeira etapa, mas com mais chances para o Grêmio. Suárez aparecia mais no comando de ataque. Já a defesa do Ypiranga se virava como podia, com Caíque se candidatando a personagem da partida.

Até que, aos 7, até de forma inesperada, o Ypiranga abriu o placar. Bruno Alves errou a saída de bola, Mossoró dominou, avançou e chutou de fora da área. A bola desviou em Bruno Uvini e foi na gaveta de Adriel. O que era tensão virou quase desespero.

Quem acabou penalizado pela torcida foi Thiago Santos. O volante passou a ser vaiado a cada vez que tocava na bola.

Mas o Grêmio daria a volta em seguida. O técnico do Ypiranga, Luizinho Vieira, fez trocas para renovar o fôlego da equipe, que parecia estar se esgotando. O resultado foi uma postura mais defensiva da equipe do interior.

Aos 15, Bitello cobrou uma falta da intermediária na área, Caíque saiu mal, e Thaciano se antecipou de cabeça, empatando a partida. O gol inflamou a Arena. A virada parecia possível e as chances iam se somando.

Para dar ainda mais poder de ataque ao time, Renato colocou Cristaldo e Diego Souza nos lugares de Vina e Thiago Santos, que entrara no intervalo mas com situação inviabilizada naquele momento.

Aos 32, o Grêmio virou. Novamente na bola aérea. A bola veio de um escanteio e Bruno Alves testou para as redes. Os minutos finais foram de insistência do Tricolor gaúcho e de uma última resistência do Ypiranga. A disputa foi para os pênaltis.

Pênaltis

Após Reinaldo e Diego Souza errarem para o Grêmio e Gedeílson e Ralph errarem para o Ypiranga, a disputa foi para as cobranças alternadas. Nelas, após Gustavinho converter sua penalidade, Jhonatan Ribeiro parou em Adriel e o Tricolor gaúcho se gabaritou para a decisão do estadual.