A Polícia Civil do Estado do Rio Grande do Sul deflagrou a Operação Tríplice Fronteira, na manhã desta terça-feira (24). A ação visa prender dois indivíduos que seriam responsáveis por um duplo homicídio e uma tentativa de homicídio ocorrida na região metropolitana de Porto Alegre, em 5 de maio. Na ocasião, os corpos das duas vítimas e o sobrevivente foram encontrados dentro de um carro abandonado na Estrada Passo do Nazário.
O nome da operação faz referência à tripla divisa geográfica entre Canoas, Esteio e Cachoeirinha, local onde onde o veículo onde estavam as vítimas, um Volkswagen Gol, foi abandonado. O carro foi deixado no local porque atolou na via de terra, após uma pancada de chuva. Participaram da ação agentes da DPHPP (Delegacia Polícia de Homicídios e Proteção à Pessoa) de Canoas e policiais militares do 15º BPM (Batalhão de Polícia Militar) da Brigada Militar.
Conforme a Polícia Civil foram cumpridas 13 ordens judiciais, sendo 11 mandados de busca e apreensão e 2 mandados de prisão preventiva. As ações ocorreram nas cidades de Canoas, Porto Alegre, Charquedas e Guaporé. Ao todo, 83 policiais civis participaram da ação policial. Uma mulher foi presa preventivamente. Também foi apreendida a quantia de R$ 18 mil em espécie.
As investigações apontaram que as vítimas foram espancadas dentro de um apartamento em um condomínio residencial do bairro Guajuviras. Depois, foram colocadas dentro do carro, que seria jogado dentro de um arroio que faz a divisa entre os municípios. Ainda não se sabe o que motivou os espancamentos, mas os três estariam se associando a uma nova quadrilha de criminosos quando, por motivo ainda desconhecido, foram agredidos a pauladas.
O apartamento onde as vítimas foram espancadas será periciado por equipe do IGP (Instituto-Geral de Perícias).
Os autores do duplo homicídio e da tentativa de homicídio foram identificados através de provas coletadas no veículo. Dentre os materiais colhidos estão impressões digitais deixadas no veículo.
As vítimas foram identificadas como Maximiliano Rodrigues, que tinha antecedentes por roubos, assaltos e furtos; e Jair André Figueira, com passagens por lesão corporal, posse de drogas e apropriação indébita. O homem que sobreviveu, de 25 anos, segue internado em coma induzido. Ele não teve a identidade divulgada.