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Operação da Polícia Civil desarticula esquema que simulava roubos de veículo para fraudar seguros

Um despachante e cinco ladrões de carro foram presos na ação

Um despachante e cinco ladrões de carro foram presos nesta quinta-feira (1º) em uma operação deflagrada pela Polícia Civil. Ação combate crimes de estelionato, falsas comunicações de roubos de veículos, associação criminosa, receptações e adulteração de sinais identificadores.

O esquema criminoso, desvelado pela operação, cooptava proprietários de veículos de luxo e os orientava a registrarem falsas comunicações de roubos desses carros. Após o registro, o investigado executava a clonagem e escondia esses veículos em sua residência, já portando placas Mercosul falsificadas, encomendadas do despachante da capital, até que o “laranja” recebesse o prêmio/benefício da seguradora.

A Polícia Civil investiga o caso há três meses, desde que um homem foi preso no bairro Mont’Serrat, em Porto Alegre. Ele estava na posse de dois veículos, uma BMW X5, ano 2016, avaliada em R$ 269 mil; e GM Trailblazer, ano 2019, avaliada em R$ 226 mil. Ambos em alerta de falsas comunicações de roubo/furto e já clonados, ou seja, portando placas de outros veículos com características idênticas.

Os veículos foram encontrados no condomínio onde o homem reside, localizado na rua Fabrício Pillar, na capital. Além desses dois carros, o preso também estava na posse de um terceiro veículo (camioneta Nissan Frontier, ano 2019, avaliada em R$ 184 mil).

Entre as ordens judiciais cumpridas nesta quinta-feira estão quatro mandados de prisão e nove mandados de busca e apreensão em cinco municípios gaúchos: Porto Alegre, Imbé, Quintão, Júlio de Castilhos e Sapiranga. Além das prisões, dezenas de placas e documentos veiculares sem procedência foram apreendidos, bem como arma de fogo e munições.

Um segundo inquérito policial, instaurado na DRV/Deic, também investiga crimes similares. Eles apuram delitos de: associação criminosa (artigo 288 do CP, com pena máxima prescrita de até três anos de reclusão); receptação (artigo 180 do Código Penal, pena máxima de até quatro anos de reclusão); adulteração de sinais identificadores (artigo 311 do Código Penal, pena máxima de até cinco anos de reclusão); e estelionato (modalidade fraude à seguradora, tipificado no artigo 171, parágrafo 2°, inciso V, do CP, pena máxima até cinco anos de reclusão).

A operação desta quinta-feira foi realizada pela Polícia Civil, por intermédio da Delegacia Especializada na Repressão aos Delitos de Roubos de Veículos, do Departamento Estadual de Investigações Criminais, DRV/Deic, com o apoio da Corregedoria-Geral do Detran.