A Polícia Civil gaúcha prendeu, na manhã deste domingo (14), o influenciador digital Dilson Alves da Silva Neto, conhecido como Nego Di. A prisão diz respeito a um inquérito policial instaurado para apurar, por ora, mais de 370 crimes de estelionato. Isso porque a polícia indica que haja mais vítimas no RS e fora do Estado.
A ação ocorreu em uma residência na praia de Jurerê, em Florianópolis. Após a prisão preventiva, o detido foi conduzido à Delegacia de Polícia de Santa Catarina. Em seguida, haverá o deslocamento para o RS, com chegada prevista para a manhã de segunda-feira (15), para recolhimento ao sistema prisional.
As investigações começaram em 2022, quando Nego Di criou um site com parceiros, chamado “Tadizuera”, no qual vendia na internet produtos eletroeletrônicos. Contudo, não os entregava. Oficialmente, a investigação apurou prejuízo de R$ 330 mil às vítimas, mas estima que a fraude chegue a pelo menos R$ 5 milhões, dado que muitos lesados não procuraram a delegacia.
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Além de Nego Di, um sócio da empresa, Anderson Boneti, também teve prisão decretada. Mas como a polícia não o encontrou, passou a considerá-lo foragido.
Operação na sexta
Na última sexta-feira (12), o MP-RS (Ministério Público do Rio Grande do Sul) já havia deflagrado uma operação contra Nego Di e sua companheira. A ofensiva cumpriu mandados de busca e apreensão no litoral catarinense.
A ação os investiga por lavar cerca de R$ 2 milhões após a promoção de rifas virtuais ilegais e realizar possíveis fraudes nas redes sociais. Segundo a Polícia Civil gaúcha, este caso é diferente da investigação anunciada neste domingo (14).
Conforme o MP-RS, as premiações eram em dinheiro e envolviam bens de alto valor, que não teriam sido entregues às vítimas. A investigação suspeita ainda de uso de documento falso nas redes sociais.
Além disso, devido ao armamento encontrado, a ofensiva prendeu a influenciadora digital em flagrante. Em seguida, contudo, ela pagou fiança de R$ 14 mil e obteve liberação.
