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Municípios gaúchos relatam preocupação com a 2ª dose da CoronaVac

A vacina é produzida pelo Instituto Butantan e a recomendação é que o reforço seja feito após 28º dia da primeira dose

Cidades de diversas regiões do Rio Grande do Sul têm manifestado sua preocupação quanto a falta de doses da CoronaVac para aplicação da segunda dose do imunizante. A vacina é produzida pelo Instituto Butantan e a recomendação é que o reforço seja feito após 28º dia da primeira dose.

O governo do Estado, através da SES (Secretaria Estadual da Saúde), já havia mandado um pedido na semana passada ao MS (Ministério da Saúde) de maior celeridade no envio de mais doses da vacina para dar conta da segunda dose. Em resposta, o Ministério disse que o abastecimento depende do laboratório fabricante. Por sua vez, o Butantan afirma ter mandado 41 milhões de doses ao Ministério.

De fato, o MS, através do ministro Marcelo Queiroga, reconheceu em uma manifestação a dificuldade no fornecimento. Além disso, no fim de março o Ministério da Saúde havia orientado que as vacinas primeiramente destinadas para aplicação da segunda dose fossem usadas para a primeira.

Porto Alegre

Na Capital, a prefeitura diz que os estoques de imunizante para a segunda dose estão reduzindo. Além disso, os últimos lotes vieram com um quantitativo menor que o esperado para a aplicação da dose de número dois. A previsão é que o estoque atual se esgote no máximo até a próxima quarta-feira.

Região Metropolitana

Em Novo Hamburgo, a Secretaria Municipal da Saúde se reuniu com representantes dos municípios e governo do Estado, e estes se comprometeram em elaborar nota destacando a situação no Estado e cobrando maior regularidade por parte do Ministério da Saúde.

Em São Leopoldo, pela pouca quantidade de doses disponibilizadas pelo Governo Federal para a segunda aplicação, o município vai priorizar a vacinação de quem está com 28 dias ou mais da primeira aplicação. Anteriormente, a Prefeitura estava orientando o retorno entre 21 e 28 dias, mas a situação precisou ser alterada devido a baixa quantidade de doses disponíveis.

No município de Canoas, o estoque foi insuficiente para cobrir as segundas doses de quem já completou o intervalo recomendado de 28 dias. As UBSs (Unidades Básicas de Saúde) aplicaram as vacinas disponíveis e já não possuem mais doses nesta segunda-feira.

Litoral

Não há mais doses da CoronaVac nos estoques em Tramandaí. Em Imbé, a semana começou com 10% das vacinas necessárias para aplicação até terça-feira. Em Santo Antônio da Patrulha, as doses acabaram no sábado. Situação preocupante também vivem Osório e Capão da Canoa, onde o fim das reservas para segunda aplicação é iminente.

Serra

Em Caxias do Sul, a aplicação da segunda dose da CoronaVac em idosos com 66 anos ou mais foi interrompida no sábado (24). O mesmo aconteceu em Nova Petrópolis. Em Bento Gonçalves, a aplicação da segunda dose foi suspensa na sexta-feira (23) e ainda não tem previsão de retomada.

Outras localidades

A situação é preocupante também um municípios como Dom Pedrito, na Campanha, e Passo Fundo, na Região Norte. Ambos também têm baixo número ou já esgotaram o total de vacinas para segunda dose.