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Morre o narrador Celestino Valenzuela, aos 92 anos

Ele foi uma das principais vozes do jornalismo esportivo do Rio Grande do Sul. O autor do bordão "que lance!" estava internado em um hospital de Porto Alegre.

O narrador Celestino Valenzuela morreu na quinta-feira (15), aos 92 anos. Ele foi uma das principais vozes do jornalismo esportivo do Rio Grande do Sul. Natural de Alegrete, o autor do bordão “que lance!” estava internado em um hospital de Porto Alegre.

Conforme a família, Valenzuela teve um infarto no dia 9 de junho. O narrador seguiu internado no Hospital São Francisco, da Santa Casa, com complicações causadas por uma pneumonia.

Celestino nasceu no dia 9 de junho de 1928. Como boa parte dos garotos, tentou a carreira de jogador de futebol. No entanto, em 1955, sofreu uma lesão do joelho e que o deixou sem poder ir aos campos. Um amigo, que trabalhava na Rádio São Gabriel, o convidou para ser locutor. Valenzuela nunca mais voltaria a jogar profissionalmente depois disso.

Além da emissora da Fronteira Oeste, teve passagens pelas rádios Itaí, Difusora, Farroupilha, Gaúcha e Universidade, da UFRGS. Também atuou na primeira emissora de televisão do Rio Grande do Sul: a TV Piratini. Mas foi na RBS TV, ao longo dos anos 1970 e 1980, que se tornou conhecido. Seu bordão “que lance!” até hoje é lembrado com carinho por colorados e gremistas. Foi através da narração de Celestino que a emoção grandes títulos foi retratada, tais como os campeonatos brasileiros do Inter e o mundial de clubes de 1983 do Grêmio.

Se aposentou da rádio e da TV em 1989, quando passou a viver uma vida mais reservada.

O ex-narrador será velado no Crematório Metropolitano. Em função da pandemia, apenas dez pessoas por vez podem entrar na capela. A cerimônia de cremação será restrita aos familiares e ocorre a partir das 16h.