Morreu neste domingo (28), aos 79 anos, o britânico Frank Williams, fundador da equipe Williams Racing, uma das mais vitoriosas da história da Fórmula 1. O falecimento foi anunciado pela própria escuderia, que pertence desde o ano passado ao grupo de investimentos americano Dorilton Capital.
“É com grande tristeza que, em nome da família Williams, a equipe pode confirmar a morte de Sir Frank Williams, fundador e ex-chefe de equipe da Williams Racing, aos 79 anos”, diz o comunicado.
Frank havia sido internado na última sexta-feira (26) e morreu “pacificamente”, rodeado por sua família. A causa da morte, no entanto, não foi divulgada.
O CEO da escuderia, Jost Capito, afirmou que Frank foi uma “lenda e um ícone” do automobilismo. “Sua morte marca o fim de uma era para nossa equipe e para a Fórmula 1. Ele era único e um verdadeiro pioneiro”, declarou o executivo.
Fundada em 1977, a Williams viveu seu auge nas décadas de 1980 e 1990 e conquistou nove títulos de construtores e sete de pilotos: Alan Jones (1980), Keke Rosberg (1982), Nelson Piquet (1987), Nigel Mansell (1992), Alain Prost (1993), Damon Hill (1996) e Jacques Villeneuve (1997).
Foi nessa época que a equipe enfrentou seu episódio mais doloroso: a morte do tricampeão Ayrton Senna em um acidente em Ímola, na Itália, em 1994.
O time de Grove teve raros momentos de protagonismo desde o título de Villeneuve, e seus melhores resultados neste século são os vice-campeonatos de construtores em 2002 e 2003, quando a equipe tinha como pilotos o alemão Ralf Schumacher e o colombiano Juan Pablo Montoya.
A Williams também viveu bons momentos em 2014 e 2015, quando o finlandês Valtteri Bottas e o brasileiro Felipe Massa a levaram à terceira posição no mundial de equipes. Nas três temporadas mais recentes, no entanto, o time terminou em último lugar.
Cadeirante desde um acidente automobilístico em 1986, Frank se afastou do comando da Williams em 2012, abrindo espaço para a filha Claire, e a família deixou a equipe no ano passado, após a venda para a Dorilton Capital.
Além de Piquet, Senna e Massa, também passaram por Grove os brasileiros Antonio Pizzonia, Rubens Barrichello e Bruno Senna.
Homenagens
Em seu perfil no Instagram, o britânico George Russell, principal piloto da Williams e que guiará pela Mercedes em 2022, disse que Frank era um “ser humano genuinamente incrível” e que sempre se lembrará das risadas que compartilharam.
“Ele foi muito mais que um chefe, ele foi um mentor e um amigo para todos que se juntaram à família Williams Racing. Foi uma verdadeira honra correr para ele e ser uma pequena parte desse legado incrível que ele deixa”, acrescentou.
Já o canadense Nicholas Latifi, companheiro de Russell, disse que a morte de Frank é “uma perda gigante para o esporte e para a equipe”. “Foi uma honra representar seu nome no palco mundial, e continuaremos acelerando para levar a equipe de volta para a parte de cima do grid”, afirmou.