Médicos credenciados ao IPE-Saúde, e ligados ao Simers (Sindicato Médico do Rio Grande do Sul), decidiram, em assembleia realizada na noite desta terça-feira (23), continuar com a paralisação da categoria por tempo indeterminado. A decisão ocorre mesmo com uma nova proposta de reestruturação do IPE-Saúde ter sido apresentada pelo governo do Estado na semana passada.
“Existe um projeto que tramita no Parlamento gaúcho e que não apresenta nada referente à real necessidade da categoria”, enfatiza o presidente do Simers, Marcos Rovinski.
Diante da proposta, o Simers defende que PLC (Projeto de Lei Complementar) recebe emendas favoráveis ao reajuste. São elas:
- A implementação da CBHPM (Classificação Brasileira Hierarquizada de Procedimentos Médicos);
- A participação no Conselho de Administração da autarquia;
- A implementação de câmaras técnicas para ajudar na economia dos procedimentos;
- Pensar em um novo modelo remuneratório que atenda a realidade dos profissionais e usuários.
Além disso, as entidades médicas — Simers, Cremers (Conselho Regional de Medicina) e Amrigs (Associação Médica do RS) — convocaram os profissionais para optarem pelo licenciamento temporário ou pelo descredenciamento.
A paralisação dos profissionais foi deflagrada no dia 10 de abril, mantendo os atendimentos de urgência e emergência. Segundo o Simers, cerca de 6,5 mil médicos fazem parte do plano, que conta com mais de um milhão de usuários, considerado o segundo maior do Estado.