O médico infectologista Alessandro Comarú Pasqualotto, chefe do Serviço de Infectologia da Santa Casa de Porto Alegre, foi listado entre os pesquisadores com maior impacto no mundo, figurando entre os 100 mil autores mais citados em 2022.
Publicado em outubro pela editora holandesa Elsevier, o ranking elaborado pela Universidade Stanford, nos Estados Unidos, considera a matriz de dados Scopus, uma das mais importantes bases mundiais de resumos e citações científicas revisada por pares.
Pasqualotto, que também é professor da UFCSPA (Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre), estuda especialmente a epidemiologia de doenças fúngicas sistêmicas, a aplicação de novos testes de diagnósticos e recursos terapêuticos.
Além do ranking de autores com maior impacto em 2022, o docente ainda figurou na lista de acadêmicos mais citados ao longo de toda a carreira (que considera dados de 1996 até o final de 2022). Ao todo, o Brasil conta com 1.294 pesquisadores, ocupando a 25º posição no ranking global.
“Antigamente se mensurava a relevância de um pesquisador pelo número de artigos publicados, mas com os anos percebeu-se que ainda mais impactante é ser citado pelos pares. Estar na lista dos 2% dos pesquisadores mais citados do mundo somente foi possível graças ao ambiente propício proporcionado por minhas duas instituições de vínculo, a Santa Casa e a Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre”, destaca Pasqualotto.
Estudo internacional
Desde 2019, Pasqualotto lidera um estudo internacional que desenvolve um novo tipo de tratamento contra a histoplasmose em pacientes portadores de HIV.
O objetivo é avaliar a viabilidade de um novo modelo de cuidado projetado para detectar e fornecer cuidados imediatos aos casos de AIDS avançada, acelerando o diagnóstico e o tratamento de infecções oportunistas mais frequentes e, consequentemente, reduzindo as complicações e o risco de morte.
Os primeiros resultados, publicados na prestigiada revista norte-americana Clinical Infectious Diseases, órgão oficial da Sociedade Americana de Doenças Infecciosas, mostraram não só a eficácia do novo modelo de tratamento, mas fundamentalmente o combate da doença a partir de uma dose única do medicamento testado.