A Polícia Civil localizou, no início da madrugada desta quinta-feira (22), no Paraná, o cativeiro onde estava a médica Tamires Regina da Silva Gemelli Mignoni. A mulher, que foi vítima de sequestro em Erechim, já foi liberada sem ferimentos.
A médica ginecologista, de 30 anos, foi raptada por volta das 11h do último dia 16, quando saía de um posto de saúde na cidade do Norte gaúcho. A unidade de saúde fica no bairro Aldo Airoli.
Conforme a Polícia Civil, os sequestradoras levaram a médica ao Paraná. Ela foi encontrada em um cativeiro no município de Cantagalo, distante cerca de 30 quilômetros da cidade natal de Tamires, Laranjeiras do Sul, onde o pai dela é prefeito.
Os sequestradores pediam R$ 2 milhões de resgate. Por causa do sequestro, o pai da médica deixou de fazer campanha para sua reeleição.
Tamires foi levada de Erechim até o Paraná logo após seu rapto. Ela ficou cerca de 130 horas em poder dos criminosos, no que é considerado um dos maiores sequestros do estado paranaense.
Três pessoas foram presas na ação conjunta que envolveu o DEIC (Departamento Estadual de Investigações Criminais) da Polícia Civil do Rio Grande do Sul, e o do Grupo Tigre (Tático Integrado de Grupos de Repressão Especial) do Paraná. Os presos são dois homens e uma mulher, naturais do Paraná.
O cercamento eletrônico das cidades por onde os sequestradores passaram foi decisivo para o desfecho bem sucedido do resgate. A partir dos dados obtidos, os policiais conseguiram identificar qual os veículos usados pelos bandidos. Depois, identificar quem estava participando do crime. E, por fim, montar a operação para capturá-los após concedidas as ordens de prisão.
Tamires não foi ferida pelos sequestradores e está, dentro do possível, bem de saúde. Após ser libertada, ela foi levada para a casa dos pais em Laranjeiras do Sul.
A Polícia Civil do RS e do PR seguem investigando o caso. Os policiais querem identificar os mandantes do sequestro e capturá-los.