(ANSA) – O Brasil tem neste sábado (3) suas primeiras manifestações contra o presidente Jair Bolsonaro após um “superpedido” de impeachment ser protocolado na Câmara dos Deputados. Entidades estudantis, movimentos sociais e centrais sindicais tomaram as ruas de várias cidades do país contra a corrupção, em defesa de uma educação de qualidade, contra corte no orçamento federal para o setor em 2021.
Além disso, os manifestantes também reivindicam um auxílio emergencial de R$600, mais vacinas e criticam a atuação do governo federal na pandemia provocada pelo novo coronavírus Sars-CoV-2.
De acordo com os organizadores, os atos ocorrem em pelo menos 290 cidades brasileiras e em outros sete países. Em Porto Alegre, a manifestação ocorreu no início da tarde. Manifestantes se concentraram entre a Prefeitura e o Largo Glênio Peres, que fica ao lado do Mercado Público. Eles realizaram uma caminhada pelo Centro da Capital.
Em cinco capitais do nordeste (Recife, Teresina, São Luís, Maceió e João Pessoa) e três no norte (Belém, Porto Velho e Boa Vista) tiveram protestos nesta manhã. No Rio de Janeiro, manifestantes se reuniram com máscaras, faixas e cartazes. O grupo reivindicou, entre outras ações, mais rapidez no processo de vacinação.
Em Brasília, por sua vez, o ato está marcado para as 16h (horário local), em frente ao Museu Nacional. Por causa da pandemia, os organizadores recomendam levar álcool em gel, usar máscara PFF2 e manter distanciamento. Já em São Paulo, a manifestação começará, às 15h, em frente ao Museu de Arte de São Paulo (Masp), na Avenida Paulista.
Chamada “3JForaBolsonaro”, a mobilização nacional estava prevista para o fim de julho, mas foi antecipada depois das denúncias de crime de prevaricação no caso da compra da vacina indiana Covaxin. Assim como aconteceu em atos semelhantes em maio e junho, as manifestações são pacíficas e a maioria dos presentes utiliza máscaras de proteção.