Cerca de 2,1 mil pessoas no bairro Arquipélago, na zona norte de Porto Alegre, em razão da cheia do Guaíba. Os moradores dessa região da cidade foram os mais atingidos pela enchente histórica do Guaíba.
O nível do estuário chegou aos 3,46 metros no Cais Mauá, sendo essa a maior cheia desde 1941 e a terceira maior a atingir a cidade desde 1873. Na tarde desta quinta-feira (23), a água recuou para 2,84 metros. A cota de alerta é em 2,50 metros e a de inundação é de 3 metros.
Apesar da redução do nível da água, 199 pessoas seguem acolhidas em abrigos da Fundação de Assistência Social e Cidadania. As crianças que estão com suas famílias nos abrigos começaram a participar de atividades literárias, recreativas e esportivas. Equipes compostas por médicos, enfermeiros e técnicos em enfermagem atuam nos abrigos provisórios.
Mantimentos, água potável, itens de primeira necessidade e atendimento de saúde estão sendo oferecidos aos moradores que seguem acampados nas Ilhas. Centenas deles decidiram não deixar o bairro e estão em abrigos improvisados montados em barracas às margens da BR-290.
As operações de suporte dos moradores contam com serviço de várias secretarias e órgãos da Prefeitura de Porto Alegre. Militares do Exércido Brasileiro e da BM também prestam auxílio aos flagelados. Já o ônibus Fique Sabendo atende a população do bairro Arquipélago, onde as três Unidades de Saúde permanecem fechadas.
Com a água baixando, a ETA (Estação de Tratamento de Água) das Ilhas voltou a operar normalmente nesta tarde. A operação da linha 718 do transporte público foi retomada na Ilha da Pintada.
Na tarde desta quinta-feira, os portões 1 e 2 (Gasômetro/Embarcadero), 4 (avenida Sepúlveda/Cais Mauá) e 6 (Catamarã) do sistema de proteção contra cheias, no Cais Mauá, foram reabertos nesta quinta-feira.