Mais três acusados de envolvimento na morte e ocultação de cadáver de uma jovem de 18 anos, em Porto Alegre, foram condenados nesta quinta-feira (2) pela Justiça. Na terça-feira (28), o Tribunal do Júri, na Capital, já havia decidido pela condenação de outros réus por participação no crime.
Com as decisões, as penas para os condenados serão:
- Nathan Sirangelo – 36 anos de reclusão em regime fechado;
- Bruno Cardoso Oliveira – 31 anos de reclusão em regime fechado;
- Thais Cristina dos Santos – 9 anos de reclusão. Poderá apelar em liberdade;
- Vinicius Matheus da Silva – 28 anos de reclusão;
- Paulo Henrique Silveira Merlo – 8 anos e 10 meses de reclusão; e
- Carlos Cleomir Rodrigues da Silva – 16 anos e 2 meses de reclusão
Os réus foram condenados por homicídio qualificado (motivo torpe, recurso que dificultou a defesa da vítima e feminicídio) e ocultação de cadáver. O processo tramita na 4ª Vara do Júri da Comarca de Porto Alegre, especializada em feminicídios, presidida pela titular da Vara, a Juíza de Direito Cristiane Busatto Zardo.
Sete jurados, dentre cinco homens e duas mulheres, formaram o Conselho de Sentença. Cabe recurso da decisão.
O caso
Conforme a denúncia do MP (Ministério Público), Paola Avaly Corrêa foi raptada no dia 13 de maio de 2018. A jovem foi amarrada, jogada em uma cova feita num matagal e alvejada com tiros de arma de fogo. O corpo foi deixado no local e achado quatro dias depois, na Vila Tamanca, Bairro Lomba do Pinheiro, Zona Leste de Porto Alegre. A morte foi causada por ferimentos no cérebro. A execução foi gravada e publicada nas redes sociais.
De acordo com a denúncia, Nathan Sirangelo seria o mandante do crime. Ele teria ordenado a execução de Paola de dentro da Cadeia Pública da Capital gaúcha, depois que a jovem, com quem manteve relacionamento, fez postagem que o desagradou, inclusive em relação à sua posição de liderança do tráfico de drogas.
A Bruno Cardoso Oliveira é atribuído o planejamento e convocação dos comparsas. Thais Cristina dos Santos é acusada de ceder a casa para esconder a vítima, indicar o local e filmar a execução.
O envolvimento nos fatos de um adolescente foi processado na esfera da Infância e da Juventude, resultando na condenação de cumprimento de medida socioeducativa de internação sem possibilidade de atividades externas, em agosto de 2018.