Neste mês, conhecido como Junho Violeta, a Sorigs (Sociedade de Oftalmologia do Rio Grande do Sul) e demais entidades da área, chamam atenção par a prevenção do ceratocone.
Segundo a Sorigs, esse problema ocular, que, muitas vezes, é a consequência de esfregar ou coçar os olhos de forma brusca.
A doença é progressiva e há o encurvamento irregular da córnea, que a pode levar a assumir formato de cone, ao aparecimento de miopia e elevado grau de astigmatismo irregular com acentuada baixa da acuidade visual.
“É fundamental a consulta com um médico oftalmologista. Ele é o especialista que pode realizar os exames necessários e indicar o melhor tratamento. O diagnóstico dado por outros profissionais e de forma errada pode levar a danos irreversíveis para a visão”, alerta o presidente da Sorigs, Marcos Brunstein.
O ceratocone é a principal causa de transplantes de córnea no Brasil. Entre os mais de 23 mil transplantes realizados por ano, mais de 13 mil são de córnea.
“Até abril deste ano haviam 852 pessoas na lista por esse transplante. Ele é um procedimento importante para restaurar a visão de pessoas com patologias, entre as quais está o ceratocone”, afirma o vice-presidente da Sorigs, Bruno Schneider.
Sobre o ceratocone
No início da doença os sintomas são: desconforto visual, dor de cabeça, fotofobia e baixa da acuidade visual e troca frequente das lentes dos óculos.
O ceratocone acomete crianças, adolescentes ou adultos jovens e pode evoluir por toda a vida. Ela normalmente se estabiliza após os 35 anos.
O tratamento consiste em evitar coçar os olhos, o controle da pressão ocular, o uso de óculos ou lentes de contato especiais, além de medidas cirúrgicas para os casos mais graves.