OPERAÇÃO OPULÊNCIA 2

Investigado por extorsão e agiotagem no Sul do RS é preso em Minas Gerais

Indivíduo era considerado principal alvo da Operação Opulência 2, deflagrada em 28 de junho, em Rio Grande.

Itens apreendidos com presos em Minas Gerais. Crédito; Ministério Público / Divulgação

O homem apontado como principal alvo da Operação Opulência 2, deflagrada em Rio Grande, no Sul do Estado, está preso. Ele é investigado pelos crimes de extorsão e agiotagem. Ao todo, oito pessoas foram presas desde 28 de junho, entre elas, dois policiais militares que faziam a segurança da organização criminosa.

O preso é Sydney de Oliveira Bastos Júnior, empresário e diretor executivo do escritório de publicidade Rio 021 Records, que agencia diversos artistas, alguns com reconhecimento nacional. Ele e a esposa, Daniela Simon, moravam na Barra da Tijuca, na zona oeste do Rio de Janeiro, estava foragido da justiça.

“A prisão dos foragidos era prioridade do Gaeco. A articulação institucional dos Ministérios Públicos estaduais – Rio Grande do Sul, Minas Gerais e Rio de Janeiro – foi essencial para o sucesso do cumprimento dos mandados de prisão preventiva”, destacou o coordenador dos Gaecos do MPRS, André Dal Molin.

“Os alvos eram operadores financeiros da organização criminosa e, com a prisão, se chega ao êxito absoluto para desmantelar essa quadrilha que trazia tantos danos para a sociedade”, afirmou o promotor de Justiça Rogério Meirelles Caldas, do Gaeco – Núcleo Região Sul.

Ambos foram capturados durante ação conjunta do MPRS (Ministério Público do Rio Grande do Sul) e da Polícia Civil gaúcha, com o MPRJ (Ministério Público do Rio de Janeiro) e o MPMG, de Minas Gerais. Eles estavam em um hotel-fazenda na cidade de Bocaína de Minas, no interior mineiro, a 219 km do Rio de Janeiro.

Com os presos, os agentes do MP apreenderam grande quantia em dinheiro em reais e dólares, além de joias, computadores e passagens aéreas. Para os investigadores, a mulher faria parte do esquema criminoso.

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Conforme investigação do Gaeco/MPRS e da Polícia Civil gaúcha, o Sydney é o gerente operacional da organização criminosa dedicada ao tráfico de drogas e que dominava o comércio de botijões de gás em Rio Grande. A quadrilha fazia intimidação de pequenos comerciantes e os obrigando a comprarem gás da facção e a praticarem preços tabelados sob pena de terem seus veículos depredados e suas vidas ameaçadas. Alguns empresários do ramo tiveram de abandonar seus comércios por medo.