Foram 24 chutes com quase 70% de posse de bola. A frieza dos números, destacados por Mano Menezes na coletiva após a partida, conseguem traduzir a apresentação do Internacional diante do Metropolitanos, da Venezuela, na noite desta terça-feira (18), no Beira-Rio, pela fase de grupos da Libertadores.
O Colorado amassou o frágil adversário durante todo tempo, mas o clima era de aflição por parte da torcida. Os jogadores carregavam o peso dos resultados não tão bons das últimas rodadas e, mesmo com o bom volume, os colorados sentiam a necessidade latente do gol.
Mano repetiu a formação do jogo contra o Fortaleza, com Pedro Henrique e Wanderson pelas pontas, mas com Keiller no gol, ao invés de John, e Luiz Adriano na vaga de Alemão. O primeiro tempo teve melhoras em relação aos últimos jogos. O Inter conseguia ser mais intenso e compacto.
Houve bola na trave de Wanderson, aos 9. E essa seria uma entre outras situações em que o Inter adentrava na área adversária e quase marcava. A impressão era de que o gol sairia a qualquer momento, mas a bola insistia em não entrar. Esta era a incompetência do Inter.
Luiz Adriano, uma das recentes contratações coloradas para o comando do ataque, não rendia bem na frente. Mais tarde, seria no lugar dele que entraria o nome da vitória do Inter.
Segundo tempo
Na etapa final, De Pena ingressou no lugar de Johnny, o que desfez a dupla deste com Baralhas, repetida da partida contra o Fortaleza. O Inter adquiriu mais mobilidade no meio e os espaços iam aparecendo. O adversário dava pouquíssimos sinais de reação.
Mas não seria fácil. A torcida transparecia irritação, mas deixou as vaias para outro momento. A insistência do Inter era oscilante. A pressão não era mantida de forma constante. Aos 19, De Pena acertou a trave.
Aos 25, Alemão entrou no lugar de Luiz Adriano. Mano apostou no dedicado centroavante, no seu modo insistente de enfrentar a partida. Pareceu que a ideia era colocar o adversário contra as cordas. Aos 33, o centroavante Lucca substituiu Wanderson. Era tudo ou nada.
O gol saiu já nos acréscimos, aos 46. Thauan Lara cruzou da esquerda, Ferro cortou e a bola parou em Lucca, que tocou para Alemão, reaparecer em um momento importante e decidir a partida.
Situação e próximos jogos
O Inter termina a terça-feira como líder do Grupo B da Libertadores, com 4 pontos. Amanhã (19), o Nacional do Uruguai enfrenta o Independiente Medellín da Colômbia e pode ultrapassar o Colorado.
O próximo jogo do Inter pela competição continental é no dia 3 de maio, contra o Nacional. A partida será disputada no Beira-Rio, às 19h.
Antes disso, o Inter tem pela frente o Flamengo, no Beira-Rio, às 11h. A partida é válida pelo Campeonato Brasileiro.
Escalações
Inter
Keiller, Igor Gomes (Thauan Lara), Vitão, Mercado e Renê; Johnny (De Pena), Baralhas (Campanharo), Pedro Henrique, Alan Patrick e Wanderson (Lucca); Luiz Adriano (Alemão) –4-2-3-1– Técnico: Mano Menezes
Metropolitanos
Schiavone; J. Vargas, Ferro, Chamorro e Cova (Valderrey); Ramos, Larotonda e Cermeño (Araujo); Barrios, F. Vargas (Castillo) e Ortiz (Pabón) – 4-1-4-1– Técnico: José Maria Morr
Cartão Amarelo
Metropolitanos
Cova
Arbitragem
Árbitro: Yael Falcon (ARG)
Auxiliar: Ezequiel Brailovsky (ARG)
Auxiliar: Pablo Gonzalez (ARG)
VAR: Leandro Rey (ARG)