FIM DE FESTA

Vaias dão o tom de desalento no empate do Inter contra o América-MG

Inter e América-MG ficaram no 1 a 1 no Beira-Rio pelo Campeonato Brasileiro

Foto: Mourão Panda / América

A partida da noite desta quarta-feira (1º) entre Inter e América-MG, no Beira-Rio, pelo Campeonato Brasileiro, confirmou uma impressão que ficara após a derrota do Colorado para o Coritiba na rodada anterior. A festa acabou. A luz apagou. O povo? Estava lá, como sempre, mas mais uma vez saiu triste e vaiando. E agora? O que resta para o Inter em 2023? Provável que o campo cumpra seu destino protocolar e que a política, sempre tão buliçosa na Padre Cacique, saia dos ataques mútuos na internet e de traz das cortinas para o ponto central do palco futebolístico.

Pois hoje o Inter empatou com a equipe mineira em casa, repetindo muitos erros corriqueiros nos últimos anos. Um ímpeto inicial, que indica uma tranquilidade para obtenção do resultado, mas que culmina em uma inexplicável perda de foco em seguida, terminando em recuperações do adversário quando este parecia aniquilado. 

Foi assim novamente nesta noite. Enner Valencia abriu o placar de cabeça na etapa inicial, a partida se arrastou, com lances aqui e ali para os dois lados, sem o Inter dar o xeque mate, até que já em meados do segundo tempo, o Coelho, com Marlon que, diante do Inter tornou-se um exímio chutador, acertou o ângulo de Rochet, empatando a partida.

Vieram trocas inócuas no Inter, de um treinador virtuoso, mas que tem em seu principal ponto fraco errar no momento de mudar partidas com banco de reservas. Verdade é que o banco este não ajuda. Nas últimas temporadas, a direção conseguiu montar um bom time do “1 ao 11”. Mas quando o inquieto Coudet olha para os reservas, não há quem reponha a qualidade. Os dois últimos insucessos contra adversários fracos passam muito por aí.  

Quantas vezes o torcedor colorado assistiu ao episódio desta série? Chega a provocar Déjà vu. Derrotas e eliminações que perpassam gestões, grupos de atletas. O Inter tem fracassado tanto quando apela para a tradição quanto para a vanguarda. Talvez um problema em encontrar soluções seja a própria dificuldade de fazer diagnósticos. O problema pode estar em colocar mal o problema. 

Por ora, o Inter vai a 39 pontos e está do meio para baixo da tabela. A próxima partida do Colorado é contra o Cruzeiro, domingo (5), às 16h, no Mineirão. A não ser que algo inesperado aconteça, as imagens e metáforas a proliferar serão essas: fim de festa, cortinas fechadas. Ou quem sabe um último tango.