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IGP aponta sobrecarga ou curto-circuito como possível causa para incêndio no prédio da SSP

Laudo pericial faz parte do inquérito policial remetido nesta segunda-feira (14) ao Ministério Público do Estado do Rio Grande do Sul.

Foto: Rodrigo Ziebell / Gabinete do Vice-governador

O IGP (Instituto-Geral de Perícias) divulgou o laudo pericial realizado no que restou da sede da SSP (Secretaria de Segurança Pública) do Rio Grande do Sul. O prédio pegou fogo na noite de 14 de julho de 2021 e vitimou dois bombeiros que atuavam no combate às chamas e evacuação do edifício. O documento faz parte do inquérito policial remetido nesta segunda-feira (14) ao Ministério Público do Estado do Rio Grande do Sul.

Conforme a investigação pericial, a causa mais provável “foi um fenômeno termoelétrico, do tipo sobrecarga e/ou curto-circuito, em algum equipamento eletroeletrônico”. Para os peritos, a pane elétrica teria ocorrido nas dependências do foco inicial ou na fiação da rede elétrica da área. Não foi possível identificar, por causa do desabamento do prédio, qual foi a causa exata do incêndio.

No entanto, os peritos conseguiram determinar o ponto provável onde começou o fogo: o 4º andar, onde ficavam os escritórios da Susepe (Superintendência dos Serviços Penitenciários). As chamas podem ter começado na sala onde funcionava a DIPEN (Divisão de Inteligência Penitenciária), mas não se descarta a possibilidade do fogo ter tido origem na dependência ao lado, onde ficava o DSEP (Departamento de Segurança e Execução Penal).

Conforme o IGP, “a queda das placas de cerâmica, a fratura da viga da borda e o maior esfumaçamento desta área, na parte frontal do prédio, indicam a intensa passagem das chamas”. Segundo a polícia técnica, quatro vídeos dos momentos iniciais do fogo foram analisados para entender a dinâmica do incêndio. O fogo iniciou na quarta janela do 4o pavimento, propagando-se da direita para a esquerda.

Cinco peritos da Divisão de Engenharia do Departamento de Criminalística do IGP realizaram onze visitas ao prédio, entre julho e setembro de 2021. Eles também acompanharam as oitivas de seis testemunhas na 17a Delegacia de Polícia. O laudo, com 153 páginas, foi assinado em 4 de novembro.

Foto: Rodrigo Ziebell / Gabinete do Vice-Governador do RS