O HU (Hospital Universitário) de Canoas decidiu suspender a realização de cirurgias eletivas, aquelas com agendamento prévio, por dez dias. O motivo, segundo a Prefeitura de Canoas, é em decorrência do quadro financeiro do HU, que possui uma dívida de R$ 12 milhões.
Áreas como a emergência obstétrica, retaguarda pediátrica e outras urgências, além da maternidade não serão afetados. Exames e consultas também serão mantidas normalmente.
“O hospital acumula uma dívida de mais de R$ 12 milhões, em razão do não repasse de R$ 18 milhões pela Prefeitura, causado pela demora na assinatura do aditivo ao contrato, ainda em 2022. Ao mesmo tempo, as dificuldades financeiras da Prefeitura, diante de uma dívida identificada em mais de R$ 169 milhões, impossibilitam a quitação imediata das pendências com a instituição”, afirma a Prefeitura de Canoas em nota.
A Secretaria de Saúde pede que a população procure as unidades básicas de saúde, em casos mais simples. O objetivo é evitar a sobrecarga de atendimento nas UPAs e nos hospitais, deixando essas instituições apenas para os casos mais graves e urgentes.
A gestão do HU está sob responsabilidade da Prefeitura desde 27 de maio de 2022. Houve pedido de intervenção e afastamento da Funam (Fundação Educacional Alto Médio São Francisco), que havia ganhado uma licitação para gerir o hospital, por supostos descumprimentos contratuais. A fundação parou o atendimento de cirurgias eletivas, a compra de insumos e de disponibilizar leitos.
A intervenção termina em 3 de junho de 2023, mas pode ser prorrogada.