A secretária da Saúde do Rio Grande do Sul, Arita Bergmann, alertou para o risco de esgotamento do sistema de saúde do estado no combate ao coronavírus.
A manifestação foi feita, nesta quinta-feira (25), durante a reunião do governador Eduardo Leite com prefeitos para tratar do sistema de cogestão.
No Rio Grande do Sul, hospitais de várias cidades já chegaram a 100% de lotação em UTIs. O Hospital Nossa Senhora da Oliveira, em Vacaria, comunicou que está com capacidade de atendimento 100% comprometida. Não há, portanto, leitos de UTI, UTI Covid ou de atendimento clínico.
“A situação piorou consideravelmente nos últimos dias. Com a alta demanda, a equipe do hospital também é afetada com o esgotamento físico e emocional, uma vez que a ocupação total coincide com a falta de profissionais de saúde no mercado. Pedimos que a população procure atendimento hospitalar apenas em casos de emergência. Atendimentos eletivos, como consultas e exames, são inviáveis com a situação do hospital”, disse o hospital em nota.
Em Sarandi, o Hospital Comunitário Sarandi não tem mais leitos de UTIs. O hospital passou a adotar medidas mais restritivas.
O Hospital Dom Bosco de Santa Rosa, reaberto há um ano para funcionar como referência no atendimento a pacientes infectados com covid-19 na região, está com apenas um leito de UTI disponível. É a primeira vez que o Hospital atinge este patamar de lotação desde o início da pandemia.
Em Santa Cruz do Sul, após ampliação, UTI Covid do Hospital Ana Nery está lotada novamente. O diretor executivo do Ana Nery, Gilberto Gobbi, se houver necessidade de mais internações em leitos de UTI Covid, o hospital não tem mais capacidade de aumentar o número de vagas para esta unidade.
Santa Catarina está em colapso
A rede hospitalar de Santa Catarina também está em colapso pela alta no número de internações relacionadas à Covid-19.
Diante do cenário, o secretário de Estado da Saúde, André Motta Ribeiro. enviou um ofício emergencial a todos os municípios pedindo que todos preparem insumos como medicamentos, oxigênio e sedativos do “kit intubação”.
Leitos já estão em falta e médicos estão tendo que escolher pacientes que serão tratados.