O número de homicídios e latrocínios caiu no mês de maio no Rio Grande do Sul, conforme dados da SSP (Secretaria da Segurança Pública). No entanto, os números de feminicídios – mortes de mulheres causadas por violência de gênero – mantiveram tendência de crescimento.
Conforme os dados dos indicadores de crimes, a queda no número de homicídios foi de 29%. Na comparação com igual período de 2020, foram 125 casos, contra 176 no ano passado. É o sétimo mês consecutivo de queda daquele que é considerado o principal indicador de criminalidade do Estado. De acordo com a SSP, o acumulado desde janeiro, a queda é de 20,2%, com uma soma de 673 óbitos contra os 843 registrados do primeiro ao quinto mês do ano anterior. Em ambos os recortes, o dado atual é o menor desde 2007.
Outro crime que apresentou redução recorde em maio no Rio Grande do Sul foi o latrocínio, que atingiu o menor número para o mês em toda a série histórica de contabilização, iniciada em 2002. Foram registrados três casos em todo o Estado, um a menos (-25%) que no mesmo período do ano passado.
Outro índice em queda foi o de roubos de veículos no Rio Grande do Sul. O número de ocorrências, que em maio do ano passado foi de 719, caiu 47,1%, para 380 registros. É o menor total para o período em toda a série histórica, iniciada em 2002. O acumulado de roubos de veículos entre janeiro e maio também caiu neste ano para a menor soma desde que a SSP começou a contabilizar esse tipo de crime no RS. Foram 2.312 casos, 44,9% menos que os 4.195 registrados nos cinco primeiros meses do ano passado.
Número de feminicídios cresce no Rio Grande do Sul
O crime contra a vida manteve tendência de crescimento é o assassinato de mulheres em razão de gênero. Maio encerrou com oito feminicídios, um a mais que no mesmo mês do ano passado (14,3%). No acumulado desde janeiro, contudo, o Estado ainda mantém redução nesse tipo de crime, com 42 casos, um a menos na comparação com igual intervalo de 2020 (-2,3%).
Os dados reforçam a necessidade de ampliar na sociedade gaúcha o engajamento por uma mudança de cultura de proteção, que valorize o respeito e a igualdade às mulheres em todos os âmbitos. Além disso, destacam a importância de que as denúncias sejam levadas às autoridades para adoção de medidas preventivas, uma vez que o feminicídio é o ponto final de um ciclo de violência prolongado, do qual a maioria das vítimas não consegue se libertar sem ajuda. Por isso, é fundamental que familiares, amigos, vizinhos e mesmo desconhecidos denunciem qualquer suspeita de abuso.
A Polícia Civil disponibiliza um número de WhatsApp (51 – 984440606) e também é possível fazer o relato no Denúncia Digital 181, no site da SSP, ou pelo Disque Denúncia 181. Para situações de violência que exijam intervenção imediata, o canal de emergência é o 190 da Brigada Militar. Em todos os casos, o anonimato é garantido.