O governo do Rio Grande do Sul lançou nesta terça-feira o novo modelo de privatização da Corsan. Ele prevê a venda completa da estatal. A privatização tem o objetivo de garantir o cumprimento das metas do novo marco regulatório de saneamento, de acordo com o governo.
A previsão é realizar as audiências públicas a partir de outubro e fazer o leilão em dezembro de 2022. A modelagem de alienação integral abre espaço para a entrega do controle da Corsan, o que, de acordo com o presidente da companhia, Roberto Barbuti, potencializa uma maximização do preço da companhia. “Com a remodelação, a intenção é concluir o processo de venda até o final do ano, medida necessária para a sustentabilidade da Corsan e para a melhoria do atendimento à população”, explicou.
O Piratini diz que não tem condições, dada a situação do caixa estadual, de fazer os aportes para cumprir os investimentos necessários para a companhia de águas e esgotos seguir responsável pelo atendimento da população. “A privatização é uma necessidade. Dentro do novo marco regulatório, estabelecido em março do ano passado, a necessidade de investimentos chega a R$ 13 bilhões nos próximos 10 anos para garantir maior eficiência operacional e dignidade social pela oferta de serviços de saneamento”, afirmou Barbuti.
Os documentos do novo modelo de privatização também foram encaminhados para a análise do Tribunal de Contas do Estado, o TCE. A avaliação do tribunal é importante pois foi ele quem barrou a primeira tentativa de privatização da estatal, em julho desde ano. Naquela oportunidade, o modelo de privatização previa abertura de capital da estatal na bolsa de valores. Mas o questionamento do TCE, assim como as condições de mercado de capitais, induziram a alteração.