Em menos de 24 horas, o governo do presidente Jair Bolsonaro perdeu três integrantes. O mais recente a dizer adeus foi o chefe da Advocacia-Geral da União (AGU), José Levi. O dia do Executivo federal assemelhou-se a um jogo de queda de dominós. Primeiro, o ministro das Relações Exteriores Ernesto Araújo pediu demissão, na sequência foi a vez do ministro da Defesa, o general reformado Fernando Azevedo e Silva. E, há pouco, Levi.
Por meio de uma nota, o general reformado Fernando Azevedo e Silva, comunicou seu desligamento do governo, causando surpresa no Planalto. O comunicado não informa o motivo da decisão, mas agradece ao presidente a oportunidade de “servir ao país”. José Levy, também por meio de nota, agradeceu “pela oportunidade de chefiar a Advogacia-Geral da União”.
Já a saída do chanceler Ernesto Araújo – o primeiro a deixar o cargo- era aguardada nos últimos dias. Sua postura gerou atritos com importantes parceiros comerciais, como a China, principal destino das exportações brasileiras e principal fornecedor dos insumos para as vacinas contra a Covid-19. Outro ponto de desgaste foi a acusação contra a senadora Kátia Abreu (Progressistas-TO). Araújo acusou a parlamentar, nesse domingo, de fazer lobby de chineses durante almoço no Itamaraty.