Os trabalhadores da empresa Litucera Limpeza e Engenharia Ltda, que realizam o recolhimento manual de lixo domiciliar em Porto Alegre, paralisaram as atividades na noite desta sexta-feira (15). Os funcionários da terceirizada, que atua em caráter emergencial desde junho, reclamam sobre o pagamento do vale-alimentação por parte da terceirizada. Como consequência, houve interrupção total da coleta de lixo na cidade. A Prefeitura montou um esquema próprio para evitar que os resíduos se acumulem.
Os trabalhadores em greve reclamam que não recebem o vale-alimentação desde a semana passada. A empresa teria proposta realizar o pagamento na sexta-feira (15), o que não aconteceu. A Prefeitura de Porto Alegre afirma que um repasse à Litucera só pode ser realizado após a constatação de que todos os documentos, inclusive os que tratam dos direitos trabalhistas, estejam de acordo com a legislação. A empresa não se manifestou sobre o suposto atraso.
Durante este sábado (16), uma equipe de aproximadamente 100 pessoas e 35 caminhões próprios fazem o recolhimento dos resíduos. As coletas automatizada (contêiner) e seletiva seguem operando normalmente. Os bairros que tiveram o recolhimento de resíduos afetados na noite desta sexta-feira, 15, foram Azenha, Partenon, São João, Santana, Santo Antônio, Navegantes, Floresta, São Geraldo, Santa Cecília, Jardim Botânico e Aparício Borges.
O prefeito Sebastião Melo convocou reunião com os órgãos municipais e representantes da prestadora de serviço para encaminhar uma solução. A prefeitura pede aos moradores que, dentro do possível, evitem colocar os resíduos na calçada até que a situação seja normalizada.
Problema na coleta de lixo não é novo
Em junho de 2021, funcionários da empresa B.A. Meio Ambiente – até então responsável pela coleta de lixo em Porto Alegre – entraram em greve. Os garis reclamavam de atrasos em pagamentos, como o de férias. O contrato da empresa acabou rescindido e a Litucera foi contratada de forma emergencial até dezembro.