A 69ª edição da Feira do Livro de Porto Alegre vai ocorrer com incentivo do Governo do RS e do Banrisul. O anúncio foi realizado na tarde desta terça-feira (8) após receios de que o evento ficasse esvaziado após o projeto inscrito no Pró-cultura não ser considerado prioritário para receber investimento por meio da LIC (Lei de Incentivo à Cultura). O evento, um dos mais importantes do calendário da Capital, está marcado para 27 de outubro e 15 de novembro, na Praça da Alfândega.
Conforme a Sedac (Secretaria Estadual da Cultura), o Executivo vai destinar R$ 200 mil para auxiliar financeiramente a Feira do Livro de Porto Alegre. Os outros R$ 550 mil virão de um patrocínio promovido pelo Banrisul (Banco do Estado do Rio Grande do Sul S.A.). Além deles, a Prefeitura de Porto Alegre anunciou que iria ajudar com R$ 250 mil para a realização da feira. Outros R$ 100 mil haviam sido ofertados por novos patrocinadores.
Os recursos do Governo do RS serão transferidos da cota do Departamento de Livro, Leitura e Literatura, além de uma suplementação orçamentária. Para tal, será necessária a assinatura de um convênio com a Câmara Rio-Grandense do Livro, responsável por a programação artística e cultural do evento.
Segundo a secretária Beatriz Araujo, as tratativas entre a Câmara do Livro e a Sedac já estão em andamento. Os próximos passos incluem a formalização da parceria e a definição da programação. “Vamos cumprir com o pedido da Câmara Rio-Grandense do Livro, que nos apresentou uma demanda de R$ 199,6 mil para cachês de escritores e artistas. Assim, vamos garantir toda a programação adulta e infantil”, comemora.
“A Feira do Livro é muito generosa, porque promove aproximação entre as pessoas e a literatura. É uma feira que leva o nome do Rio Grande do Sul para fora, que tem reconhecimento em outros estados brasileiros e também em nível internacional. Principalmente pela grandiosidade que tem, com realização em praça pública, aberta e sem cobrança de ingressos. Sem falar dos escritores e dos artistas que participam da feira. É um evento que importa para quem consome e para quem produz a literatura”, considera Bia.
“São recursos do tesouro do Estado que estarão destinados a remunerar profissionais que produzem e que difundem a literatura”, comenta o diretor do Departamento de Livro, Leitura e Literatura, Benhur Bortolotto.
Em 2023, o projeto inscrito no Pró-cultura não foi considerado prioritário pelo Conselho Estadual de Cultura para receber investimento por meio da LIC (Lei de Incentivo à Cultura), o que motivou o governo a buscar alternativas para apoiar o evento. O conselho é autônomo e composto por 27 integrantes, sendo que dois terços são eleitos por entidades culturais de todas as regiões do RS.