Cada vez mais reconhecidos pelo grande público como a melhor solução para repor um ou mais dentes perdidos, informações sobre implantes dentários despertam ainda dúvidas nos pacientes, justamente por se tratar de um procedimento cirúrgico, tornando-se um terreno fértil para equívocos, que não condizem com a verdade.
“A cirurgia de implante é muito simples e segura nos dias de hoje porque é fruto de intensa pesquisa científica e de avanços tecnológicos recorrentes na área”, enfatiza Bruna Ghiraldini, doutora em Implantodontia.
“E é importante lembrar que o implante é o método mais previsível de reabilitação oral que substitui perfeitamente o dente natural, em todas suas funções”, conclui.
Confira, a seguir, o que é fato e o que é fake sobre o assunto, segundo Bruna:
Implantes duram a vida inteira: Fato! Os implantes são produzidos para ter a mesma durabilidade dos dentes naturais. Mas, para isso ocorrer, os cuidados devem ser os mesmos que se tem com os dentes naturais.
Portanto, a manutenção adequada é fundamental; e não há segredo, é escovar e usar o fio dental diariamente e fazer visitas periódicas ao dentista, uma vez ou duas vezes ao ano, ou na frequência estabelecida pelo dentista.
Quem tem problemas de saúde não pode fazer um implante: Fake! Pessoas com doenças crônicas, como diabetes e problemas cardíacos, podem buscar o tratamento, desde que as doenças estejam controladas. Ou seja: é fundamental que o paciente passe por consulta médica antes de recorrer ao tratamento, para ter certeza de que a saúde dele está ok.
Falta de dados na caixa do implante é um forte sinal de que o implante é pirata, representando risco para o paciente: Fato! Sabe-se que 1/3 dos implantes colocados anualmente nas bocas dos brasileiros é de origem ilegal, segundo dados da Associação Brasileira da Indústria Médica, Odontológica e Hospitalar (Abimo).
Para manter em segurança sua saúde, sempre procure na embalagem o registro da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) e informações sobre a fabricação do implante.
A embalagem deve conter o nome da marca fabricante, responsável técnico, data de validade, número do lote e a técnica de esterilização utilizada. Desta forma, pode-se evitar infecções, alergias graves e até danos aos ossos, problemas que podem acontecer quando é instalado um implante “pirata”.
O implante pode ser rejeitado pelo organismo: Fake! A rejeição do implante pelo corpo não costuma acontecer porque o titânio, material usado na fabricação do implante, é biocompatível. Ou seja: ele consegue se integrar ao osso perfeitamente, como se fosse uma raiz natural.
Contudo, é importante ressaltar que, eventualmente, a falta de qualidade óssea do paciente pode trazer complicações no pós-operatório, comprometendo o sucesso do procedimento.
A cirurgia de instalação do implante é complexa: Fake! Os implantes são instalados em um procedimento cada vez menos invasivo, com precisão milimétrica e quase sem cortes, o que acontece, principalmente, se forem colocados pela técnica da cirurgia guiada. Inclusive, os dados mostram que as chances de o método dar certo são muito altas: a taxa de sucesso chega a 98%!
Mas, é importante lembrar que o paciente precisa seguir à risca as recomendações indicadas pelo dentista, principalmente na primeira semana após a cirurgia.
Um implante substitui todas as funções do dente natural: Fato! Ao contrário de outros métodos de reabilitação oral, como dentaduras – ou próteses móveis – os implantes fazem as vezes da raiz do dente natural. O procedimento evita que aconteça perda óssea na região e, ao mesmo tempo, devolve a confiança no ato da mastigação e no sorriso.
Além disso, as próteses são esteticamente perfeitas e, com isso, conseguem restaurar o sorriso e a autoestima do paciente. No mais, o implante reabilita a função mastigatória, melhora a digestão e a absorção de nutrientes e, também, a saúde como um todo.