A Estação Ecológica do Taim, na região Sul do Estado, está interditada para visitação e pesquisa por tempo indeterminado. O motivo é a morte ainda não explicada de, ao menos, 36 cisnes-de-pescoço-preto desde a última quarta-feira (24) na Lagoa da Mangueira, que fica dentro do parque. A principal suspeita é que os animais tenham morrido em decorrência de gripe aviária.
O ingresso de visitantes e pesquisadores está suspenso desde sexta-feira (28), como medida de segurança. Apenas equipes de monitoramento da estação estão autorizadas a estarem no local. Elas verificam se encontram mais animais mortos ou doentes na região.
Ao todo, foi registrada a morte de 36 cisnes-de-pescoço-preto na área de conservação ambiental, que é uma das maiores do mundo. Amostras dos animais foram recolhidas e enviadas para análise em São Paulo. Os exames ficam prontos em até 72 horas, mas contraprovas podem ser realizadas para confirmação ou descarte se a causa da morte foi por Influenza Aviária.
Desde o dia 22 de maio, o Brasil está em emergência zoossanitária em razão da descoberta de casos de gripe aviária em animais silvestres. Casos da doença foram detectados no Espírito Santo e no estado do Rio de Janeiro. O vírus H5N1 foi detectado em três tipos de aves: atobá-pardo (Sula leucogaster), trinta-réis real (Thalasseus maximus) e trinta-réis-de-bando (Thalasseus acuflavidus).
O contato com o vírus da Influenza Aviária, o H5N1, pode colocar em risco a saúde, pois ele pode ser transmissível das aves para outros mamíferos, incluindo os humanos. A transmissão ocorre por meio de contato com aves doentes ou mortas, segundo os ministérios da Agricultura e do Meio Ambiente. É a primeira vez que houve detecção deste vírus no país.
A orientação da pasta é que a população não recolha aves que encontrar doentes ou mortas e acione o serviço veterinário mais próximo, no intuito de evitar que a doença se espalhe.