Uma ação para verificar a existência de escorpiões amarelos no Centro de Porto Alegre capturou 49 animais vivos na noite de quarta-feira (5). A vistoria foi realizada no entorno da Praça Dom Feliciano, na rua Senhor dos Passos e em um trecho da rua dos Andradas.
Conforme o Núcleo de fiscalização Ambiental da Vigilância em Saúde, ainda foram pegos oito escorpiões mortos. Outros cinco foram visualizados, mas não houve possibilidade de captura.
O número de animais encontrados e coletados é considerado expressivo pela gerente da unidade de vigilância ambiental da Secretaria Municipal de Saúde Roxana Nishimura. Nas três operações de captura noturna realizadas em 2023 no Centro, incluindo a de ontem à noite, foram pegos 123 escorpiões amarelos.
Os escorpiões amarelos se alimentam de baratas, por isso é importante manter a limpeza em residências, comércios e vias visando à diminuição da população dos animais.
A biologia da espécie tem uma peculiaridade: não existem machos. As fêmeas vivem em média quatro anos e se reproduzem pelo processo chamado partenogênese.
A reprodução ocorre, em média, duas vezes por ano, dando origem a 20 filhotes por vez, chegando a 160 filhotes durante a vida. Os filhotes recém-nascidos sobem no dorso da fêmea e ali permanecem. O período entre o nascimento e a dispersão dos filhotes varia bastante. Para Tityus serrulatus (nome científico do escorpião amarelo) é de cerca de 14 dias.
O que fazer se visualizar um escorpião amarelo?
Em caso de visualização, a recomendação é fazer contato pelo serviço 156 (telefone, APP 156+POA ou meio eletrônico através deste link. É importante que o requerente informe o local exato da ocorrência e meio de contato.
O que fazer se for picado por um escorpião amarelo?
Diante da suspeita ou confirmação da picada pelo escorpião, a recomendação é levar a vítima o mais rapidamente possível para o Hospital de Pronto Socorro de Porto Alegre. É o único local da cidade com o soro antiescorpiônico.
O escorpião amarelo tem veneno altamente tóxico, capaz de levar a óbito a vítima – especialmente crianças, pessoas idosas ou com comorbidades – em poucas horas. A picada é dolorosa, provoca dor intensa no local afetado, e o veneno se dispersa por todo o corpo.