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Entenda como funcionará o sistema de distanciamento social controlado no RS

O Governo do Estado do Rio Grande do Sul apresentou, na tarde desta quinta-feira (30), o sistema de distanciamento social controlado. A avaliação do risco de contágio por coronavírus será representada por meio de bandeiras.

O modelo é, conforme o governo, científico, levando em consideração critérios, como número de casos e capacidade instalada de atendimento. A metodologia entrará em vigor no Rio Grande do Sul ao longo do mês de maio.

“Não é uma flexibilização aleatória, não é para voltarmos ao normal como conhecíamos. O que vamos estabelecer vai ocorrer a partir de indicadores objetivos em cada uma das 20 regiões definidas para atuarmos no local em que for necessário, no momento em que for necessário e na proporção que for necessária”, ressaltou Leite.

“Montamos uma fórmula que retira a subjetividade, a ideologia, a opinião, e torna objetivos os critérios que definirão as regras vigentes. Levaremos em conta a capacidade e a ocupação hospitalar, além do risco e do impacto de cada setor econômico, assim, teremos uma fórmula objetiva e não precisaremos ficar discutindo se o prefeito gosta ou não, se o governador quer ou não, porque, afinal, vamos ter que conviver com essas restrições por um longo período”, justificou o governador.

Bandeiras avaliam risco e controle

O Estado foi divido em 20 regiões, dez a menos que o número de áreas regionais de saúde (veja as áreas no final desta matéria). Serão mensurados 11 indicadores que foram agrupados em dois grandes grupos: Propagação (velocidade do avanço, estágio da evolução e incidência de novos casos sobre a população) e Capacidade de atendimento (capacidade e mudança na capacidade hospitalar).

O novo modelo de distanciamento prevê quatro estágios de controle, traduzidos em “bandeiras”: amarela, laranja, vermelha e preta. A amarela indica uma situação mais amena, com medidas mais flexíveis, e avançando o grau de restrições até a preta, quando for necessário maior restrição. Conforme o governo, nenhuma região do Estado terá “bandeira verde”, pois todas as regiões do Rio Grande do Sul já registram casos da Covid-19.

Se o modelo estivesse em vigor, as regiões de Lajeado (Vales) e Passo Fundo (Norte) estariam com bandeiras vermelhas e teriam medidas mais rígidas do que Porto Alegre (Metropolitana), que, mesmo com mais casos de coronavírus, tem uma maior capacidade de leitos de UTI.

Para definir a cor da bandeira, foram definidos dois grandes grupos de medidores: propagação e capacidade de atendimento. Cada um deles tem peso de 50% para a definição das bandeiras. No total, serão acompanhados 11 indicadores.

A coleta dos dados será diária, mas a atualização das cores de cada região ocorrerá aos sábados, valendo para a semana seguinte.

Segmentação por setor

Além da regionalização, a política prevê a divisão setorial. Educação, comércio, serviços, indústria, transportes, agricultura, entre outros, terão restrições proporcionais ao nível de segurança do contágio da Covid-19 e o respectivo impacto econômico.

De acordo com o índice de cada setor e dependendo da situação da região em que se encontra, serão determinados protocolos específicos de operação. Podem ser definidos horários, restrições de pessoas, obrigatoriedade de máscaras, entre outras regras. Esses protocolos, entretanto, ainda não estão finalizados.

Confira os grupos:

  • Agricultura
  • Indústria da construção
  • Transporte
  • Serviços financeiros, imobiliários etc.
  • Educação privada
  • Indústria de transformação e extrativista
  • Comércio
  • Alojamento e alimentação
  • Administração pública
  • Artes, cultura, esporte e lazer
  • Serviços domésticos
  • Outros serviços

Segmentação por região

Regiões a partir da cidade mais populosa

  1. Santa Maria (Centro-Oeste)
  2. Uruguaiana (Centro-Oeste)
  3. Capão da Canoa (Metropolitana)
  4. Taquara (Metropolitana)
  5. Novo Hamburgo (Metropolitana)
  6. Canoas (Metropolitana)
  7. Porto Alegre (Metropolitana)
  8. Santo Ângelo (Missioneira)
  9. Cruz Alta (Missioneira)
  10. Ijuí (Missioneira)
  11. Santa Rosa (Missioneira)
  12. Palmeira das Missões (Norte)
  13. Erechim (Norte)
  14. Passo Fundo (Norte)
  15. Pelotas (Sul)
  16. Bagé (Sul)
  17. Caxias do Sul (Serra)
  18. Cachoeira do Sul (Vales)
  19. Santa Cruz do Sul (Vales)
  20. Lajeado (Vales)