O governador Ranolfo Vieira Júnior assinou nesta sexta-feira (17), em evento realizado no Palácio Piratini, um memorando de entendimento com a empresa espanhola Ocean Winds para potencializar a geração de energia renovável no Rio Grande do Sul.
Segundo o governo do Estado, o objetivo da parceria com a companhia, sediada em Madri e com subsidiária no Brasil, é permitir a construção de projetos de produção de energia eólica offshore, que é uma fonte renovável e não poluente obtida pelo aproveitamento da força do vento que sopra em alto-mar.
“O Rio Grande do Sul tem um grande potencial para a geração de energia elétrica a partir de fontes renováveis, com destaque para a tecnologia eólica”, ressaltou o governador.
“Essa assinatura representa isso e é um primeiro passo. Uma etapa muito importante para o desenvolvimento do Estado, pois, se concretizados os dois projetos para nossa costa, teremos investimentos na ordem dos R$ 100 bilhões, com uma geração de emprego de 10 mil vagas durante a construção e 4 mil na operação”, afirmou.
Conforme o governo do Estado, o Rio Grande do Sul tem capacidade para gerar 100 gigawatts de energia com ventos em terra. Em alto-mar, beneficiado pela inexistência de barreiras para os cataventos girarem, são mais de 114 gigawatts.
“Se somarmos essas duas capacidades, produzimos, hoje, apenas 5% do total da energia proporcionada pelos ventos. Isso significa que temos uma área com muita possibilidade de crescimento. Além disso, o porto do Rio Grande também pode ser um grande potencializador”, explicou o chefe da Casa Civil, Artur Lemos.
Projetos
O diretor de desenvolvimento de novos negócios da Ocean Winds, José Partida Solano, apresentou os projetos para o Estado e comentou a expectativa para a execução.
Para o Rio Grande do Sul, a empresa tem dois projetos. Um deles está localizado no Litoral Norte (nomeado Marinha de Tramandaí, com potencial de 700 megawatts) e o outro, em uma extensa faixa do Litoral Sul, de Tramandaí até Mostardas (chamado de Ventos do Sul, com potencial de 6,5 gigawatts).
“Nossa expectativa é começar a operação até 2030. Neste momento, estamos em fase de licenciamento junto ao Ibama. É um prazer assinar esta cooperação com o governo do Rio Grande do Sul. Temos presença em todo o Brasil e acreditamos no potencial daqui. Será uma nova indústria para a região Sul”, disse.