O número de assaltos a instituições financeiras em abril no Rio Grande do Sul caiu 90% na comparação com o mesmo período de 2019. Se feita a relação de janeiro a abril, a queda é de 60,5%.
No mês de abril deste ano, segundo dados do governo, houve apenas um assalto no município de Canoas, região metropolitana de Porto Alegre, enquanto em abril do ano passado registraram-se 10 ocorrências, entre furtos e roubos, contra bancos.
Em Porto Alegre, onde a queda é de 100%, não há assaltos a bancos desde o mês de janeiro. No ano passado, no mesmo período, foram 10 casos. O governo atribui a diminuição tanto ao isolamento social adotado em função da pandemia quanto à ação das forças de seguranças
Além dos roubos a bancos, os indicadores de criminalidade divulgados pelo governo do Estado trazem outros dados.
Em relação a crimes contra patrimônio, houve queda também nos roubos de modo geral (-56,4%), nos furtos (-51,8%), nos ataques ao transporte coletivo (-54,3%), crimes contra estabelecimentos comerciais (-36%), roubos de veículo (-21,3%, sendo 19% no acumulado do ano). Nos latrocínios, registrou-se o mesmo número de crimes do ano anterior (8). Já na comparação de janeiro a abril, houve queda de 29 para 22 casos, o que foi considerado pelo governo como um cenário estável.
Crescimento nos crimes contra a vida
Nos homicídios, houve queda de 17,9% em abril e de 16,7% no acumulado na Capital. Já no Estado, no mês de abril, houve seis homicídios a mais do que no ano passado, 158 este ano contra 152 em 2019.
O governo relaciona essa diferença entre crimes contra a vida e crimes contra o patrimônio com a disputa entre facções criminosas ligadas ao tráfico de drogas e à soltura de presos no período da pandemia. Dos homicídios registrados em abril, 13% são de presos que receberam a soltura como medida preventiva da pandemia.
Outro dado divulgado referente a crimes contra a vida é o de feminicídios, que aumentaram de 6 em abril do ano passado para 10 no mesmo mês de 2020 (+66,7). No acumulado, o aumento é maior, sendo de 21 para 36 casos (+71,4%).
No entanto, outros indicadores de violência contra a mulher diminuíram em abril e no acumulado, como ameaças (-34,3% e -12,4% no acumulado), lesões corporais (-26,8% e -5,5% no acumulado), estupros (-27,1% e -3,8% no acumulado) e tentativas de feminicídio (-51,4% e -20,9 no acumulado).