O governador Eduardo Leite (PSDB) decidiu determinar o fechamento do comércio a partir de um decreto estadual. A medida vem de encontro a decisão de prefeitos que decidiram relaxar as medidas de isolamento social impostas pelo governo do Estado. A intenção é reduzir o contágio pela Covid-19 (novo coronavírus), que tem transmissão comunitária em pelo menos duas cidades do RS: Porto Alegre e Bagé.
Conforme Leite, o “governo tem um plano de ação muito claro” diante da pandemia. Foram tomadas ações de análise, de acordo com o governador, para preparar um plano de contingência e preparar o sistema de saúde para a realização dos atendimentos necessários no sistema de saúde.
O mandatário reforçou as ações tomadas pelo Governo do Estado – tais como as restrições quanto a reuniões, que não podem ter mais de 30 pessoas; as limitações ao transporte urbano, intermunicipal e a interrupção das linhas interestaduais, proibição de shows e eventos –, entre outras para evitar a aglomeração de pessoas.
“Nas primeiras semanas, como nós tínhamos uma menor incidência, por termos menor observação de contaminados no Rio Grande do Sul, nós fizemos no decreto estadual tudo o que competia ao Estado. E muitos municípios foram além daquelas restrições. Estabeleceram também restrições ao comércio, por exemplo. Entre eles é o caso de Porto Alegre que, corretamente ao meu ver, estabeleceu restrição mais severa. Pois o município de Porto Alegre é um epicentro no Estado do Rio Grande do Sul. É onde mais se observam casos confirmados do novo coronavírus”, justificou.
Leite prosseguiu, apontando que Porto Alegre tem 13% da população gaúcha, mas tem mais da metade dos casos confirmados de coronavírus. “Nós temos hoje casos confirmados em 51 municípios. É mais de 10% do total de municípios do Estado. Por isso, até aqui, não tínhamos feito a regra mais rigorosa e restritiva de fechar o comércio no nosso Estado em todo o território”, arguentou.
De acordo com o governador, a medida foi tomada pelo crescimento do número de casos no Rio Grande do Sul. Leite apontou também que serão comprados testes de diagnóstico da Covid-19 e locados respiradores para as UTIs (Unidades de Terapia Intensiva). Apontou que o governo irá implantar um novo protocolo de internação dos pacientes, para melhorar o diagnóstico de pacientes suspeitos de coronavírus. Mas alertou que essas ações só devem começar a entrar em rigor a partir na segunda quinzena de abril.
“É justamente agora que devemos ser mais rigorosos e não afrouxar restrições. Concluímos, com base em dados da evolução do vírus e estudos técnicos, que esta é a hora de estabelecermos a uniformidade nas restrições ao contato no Rio Grande do Sul. Estamos vendo mais pessoas e mais municípios nos quais o contágio se confirma e precisamos manter esses cuidados para termos mais tempo para fortalecer a nossa rede de atenção hospitalar”, explicou Leite.
O que abre e o que fecha
A determinação passará a valer a partir da publicação do decreto nesta quarta-feira. O detalhamento dos estabelecimentos que podem abrir as portas deve sair com o decreto.
Mas, segundo o governo, serviços essenciais, que garantem alimentação, telecomunicações, saneamento básico e cuidados médicos, além da atuação de outros profissionais que são considerados imprescindíveis, estão mantidos, conforme já estabelecido nos decretos já publicados nas últimas semanas.
Veja a íntegra do discurso
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