Estimativas da OMS (Organização Mundial de Saúde) apontam que 3,5 bilhões de pessoas no mundo sofrem com doenças bucais, o equivalente a quase metade da população mundial.
Algumas das doenças orais mais comuns incluem cáries, gengivite, mau hálito e tártaro, sendo que todas podem acometer pessoas das mais diversas idades, incluindo crianças, adolescentes, adultos e idosos.
“A boa notícia é que a maioria dos problemas bucais mais frequentes podem ser prevenidas em casa com a higienização oral adequada”, diz a dentista Bruna Ghiraldini.
“Seus tratamentos têm alto índice de sucesso, especialmente quando são identificadas precocemente”, conclui. Veja, a seguir, as cinco doenças bucais mais comuns e como você pode preveni-las:
Cárie
É uma das doenças crônicas não transmissíveis mais prevalentes no mundo, sendo causada por bactérias que perfuram o esmalte dos dentes e formam buracos, onde ficam alojadas.
Para evitar as cáries, que causam dor e hipersensibilidade, é preciso realizar a higiene diária dos dentes, com escovação no mínimo três vezes ao dia (após as principais refeições), sempre com uso do fio dental. Vale também maneirar nos doces.
Gengivite
É causada por bactérias que se instalam na região da margem e abaixo da gengiva, formando a placa bacteriana. Essa placa produz toxinas que geram inchaços e inflamações.
Por isso, a gengivite tem como principais sintomas a sensibilidade e o sangramento ao escovar os dentes.
“A gengivite é o estágio inicial da doença periodontal, uma das principais causas de perda dentária em adultos”, alerta Bruna.
“Ao perceber os primeiros sinais, a pessoa deve buscar ajuda e o bom é que, na fase inicial, o tratamento é relativamente simples”, conclui. A prevenção da gengivite é feita com a escovação diária e uso de fio dental.
Tártaro
é o acúmulo de placa bacteriana endurecida nos dentes, formando uma crosta amarelada. A condição faz com que os dentes tenham uma perda em sua cor e brilho, adquirindo manchas que podem ter coloração amarronzada ou até mesmo preta. “
O tártaro causa mau hálito, enfraquece os dentes, leva a um quadro de gengivite e doença periodontal podendo causar até a perda do dente”, afirma a especialista. “A melhor forma de evitar o problema é realizar a higienização oral diária de forma adequada e manutenções profissionais frequentes”, completa.
Halitose
O mau hálito pode ter origem em questões gástricas ou estomacais e outras condições sistêmicas, mas na grande maioria dos casos a causa está mesmo na boca.
“Cáries, inflamações gengivais e a saburra lingual, aquela camada branca na língua que surge na falta da higienização adequada, são as principais causas da halitose”, diz a dentista.
“Inclusive, a falta de escovação é um dos principais fatores desencadeantes do problema, já que restos de alimentos ficam entre os dentes e ocorre o acúmulo de sujeira na língua”, completa.
Aftas
São lesões ulcerativas de formato arredondado ou ovalado, que podem surgir tanto na parte interna da boca quanto na língua. É comum que causem dor e incômodo e duram em média entre cinco e quinze dias, desaparecendo após esse período.
“As aftas têm causas múltiplas como, por exemplo, imunidade baixa, má nutrição e desequilíbrios hormonais ou, ainda, uso de aparelho ortodôntico e ingestão de alimentos ácidos”, explica Bruna.
Assim, a prevenção das aftas está ligada à origem do problema e pode ir desde a troca da escova dentária até ajustes no aparelho dentário ou na dieta, por exemplo.
Quando a afta é acompanhada de fortes dores, costuma aparecer com frequência ou for muito extensa, é importante procurar o dentista para uma avaliação.