A reunião do Gabinete de Crise, que monta o sistema de Distanciamento Controlado, deliberou sobre a situação da pandemia no Rio Grande do Sul nesta quinta-feira (22). Os encontros ocorrem um dia antes da organização do mapa, às sextas. A tendência é de continuidade das restrições no Estado, diante da ínfima redução no número de casos e de mortes por Covid-19 nas últimas semanas. Nesta quinta-feira (22), a taxa de ocupação de leitos de UTI no RS é de 86%, mesmo patamar que foi registrado em fevereiro.
Foram três horas de deliberações sobre o quadro atual da pandemia, após o fim do ciclo da terceira onda. O quadro ainda é grave, mas o governo avalia pequenas flexibilizações para não autorizar uma ampliação demasiada das regras. A cautela é motivada pelo número de novos casos e de mortes desde o ápice, no início de março, ainda é muito maior que o registrado na primeira e segunda ondas. Para se ter uma ideia, a média em abril está sendo de 170 mortes por dia, enquanto em julho/agosto e novembro/dezembro de 2020, as médias eram de 70 óbitos a cada dia.
Regiões em cogestão, se passassem à bandeira vermelha, poderiam adotar regras da bandeira laranja, que, neste momento, seria muito permissiva com aglomerações em um momento crítico da pandemia. Por isso, o governo estuda o que pode ser flexibilizado, sem sair da bandeira preta. Parecer dos técnicos é que as medidas de isolamento social mais rígidas deveriam continuar, pela nona semana consecutiva, para reduzir a taxa de contágio e o índice de mortes no Rio Grande do Sul.
Algumas opções avaliadas são o funcionamento de restaurantes entre a tarde e a noite de sábado e flexibilizações para o uso de parques. No entanto, não há nada definido e o anúncio oficial só será feito nesta sexta-feira. Um decreto deve normatizar as alterações no sistema de Distanciamento Controlado.