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Dez são presos em nova ação da Polícia Civil contra o "golpe dos nudes" no Rio Grande do Sul

O objetivo é desarticular uma quadrilha que comete extorsões contra vítimas enganadas por meio de perfis falsos, normalmente com fotos de mulheres, em redes sociais.

Dez pessoas foram presas em uma ação da Polícia Civil do Estado do Rio Grande do Sul contra o chamado “golpe dos nudes”. Ao todo, a polícia gaúcha cumpre 22 mandados de busca e apreensão, além de 20 ordens judiciais de quebras de sigilo bancário. O objetivo é desarticular uma quadrilha que comete extorsões contra vítimas enganadas por meio de perfis falsos, normalmente com fotos de mulheres, nas redes sociais. Os criminosos já haviam sido alvo da polícia em agosto deste ano, mas a investigação se aprofundou e novos integrantes da quadrilha foram identificados. Desta vez, os mandados são cumpridos na região Norte do Estado.

Conforme a Polícia Civil, os criminosos conseguiram valores elevados por meio da chamada “sextorsão”, ou seja, extorsão usando o “golpe dos nudes”. De tão pressionada e sem condições para pagar o valor das ameaças, uma das vítimas pensava até em cometer suicídio, quando foi procurada pela Polícia Civil e informada do esquema criminoso.

Durante a investigação, chamou a atenção os valores expressivos exigidos das vítimas, além de aparentemente não serem escolhidas aleatoriamente, mas indicadas pelos criminosos. Apenas uma das vítimas foi obrigada a depositar R$ 274 mil reais para o grupo investigado, sob ameaças de prisão por falsos Policiais.

Já outra pessoa de Sertão, no Norte do Rio Grande do Sul, perdeu R$ 110 mil para a quadrilha. Além dela, foram identificadas cinco vítimas, sendo quatro moradoras da 6° Região Policial de Passo Fundo. As vítimas foram extorquidas a pagar uma quantia aproximada de R$ 600 mil aos investigados.

Como funciona o golpe

Vítimas são escolhidas e procuradas por meio de redes sociais por pessoas se passando por mulheres bonitas, passam a trocar mensagens e fotos. Algumas imagens são de caráter sensual ou sexual.

Depois desse contato, quem recebeu o conteúdo passa a ser extorquido, com alegações de que as supostas mulheres eram adolescentes. Os criminosos cobram dinheiro para, supostamente, não expor as vítimas mediante ameaças de divulgação das fotos íntimas e falsos registros policiais.

Os bandidos chegam a usar fotos de agentes da Polícia Civil e falsificar carteiras funcionais para pressionar as vítimas a realizarem depósitos. Caso não cedam, são novamente ameaçadas, com ameaças de prisão. E, mesmo quando os criminosos recebem dinheiro, as exigências de valores não param, vão aumentando e sendo sequenciais.